O Pixel 9 Pro XL representa o modelo topo de gama da Google para quem deseja a melhor experiência Android sem entrar no campo dos dispositivos dobráveis, e o nosso Luis Costa conta-nos como é essa experiência.
Os smartphones Pixel 9 representam uma continuidade na estratégia da Google para o mercado de smartphones. Com três novos equipamentos no mercado, a gigante das pesquisas reforçou a aposta em smartphones com forte integração de hardware e software, suportados por uma experiência Android sem bloatware e funcionalidades apoiadas nas potencialidades da inteligência artificial.
O Pixel 9 Pro XL
Seguindo uma linha de continuidade, a caixa que protege o equipamento segue uma linha simples e amiga do ambiente.
Numa das laterais da capa que envolve a caixa, um grafismo apresenta a ausência de carregador e o intervalo de potência suportado, com o modelo 9 Pro XL a chegar aos 37W, superando os 27W do 9 Pro.
Na traseira, apenas um conjunto de informação genérica. As duas tiras facilitam a remoção da capa.
Retirando a tampa da caixa, temos acesso ao smartphone, protegido por uma superfície de papel que envolve a quase totalidade do equipamento.
Por baixo do smartphone, o cabo USB-C.
Nas costas da tampa da caixa, a documentação de referência e o clip para instalação do cartão nano SIM.
De referir que a superfície de papel que cobre o smartphone apresenta um grafismo que indica a localização dos botões, sensor de impressão digital, porta USB-C e entrada para o cartão nano SIM.
Como tem vindo a ser norma, a Google também comercializa capas para os seus Pixel 9.
Na traseira, a capa cobre o bloco de câmaras, ficando cerca de meio milímetro acima da mesma.
Na frente, o rebordo da capa fica ligeiramente acima do ecrã, para melhorar a sua proteção face às eventuais quedas.
Na lateral superior, um micro
Na lateral inferior, a saída de som, porta USB-C e um microfone muitíssimo mal posicionado, pois facilmente é confundido com o orifício para desbloquear a bandeja de instalação do cartão nano SIM
Na lateral direita, o botão para ligar o equipamento e o botão de volume.
A lateral oposta não apresenta ligações nem botões.
Na traseira do Pixel 9 Pro XL, o bloco de câmaras e o G da Google a meia altura.
O bloco de câmaras é efectivamente muito pronunciado, com uma altura de 3mm mais uns pozinhos. Em cima de uma superfície, vai ficar sempre inclinado, algo que com a capa também acontece, se bem que estando o bloco de câmaras protegido.
Especificações:
- Ecrã
- 6,8" LTPO OLED com 1344 x 2992 a 486 ppp
- Formato de 20:9
- Taxa de actualização entre 1 e 120Hz
- Até 2000 nits (HDR) e até 3000 nits (brilho máximo)
- Relação de contraste superior a 2 000 000:1
- Memória e armazenamento
- Armazenamento UFS 3.1 de 128/256/512GB ou 1TB
- Processadores
- Google Tensor G4
- Coprocessador de segurança Titan M2
- Câmaras
- Traseira
- Grande angular de 50MP com abertura ƒ/1.68
- Ultra Grande angular de 48MP com abertura ƒ/1.7
- Telefoto: Quad PD de 48MP com abertura ƒ/2.8
- Frontal: 42MP com abertura ƒ/2.2
- Bateria: Normalmente, 5060 mAh (mínimo de 4942 mAh)
- Dimensões e peso
- 162,8 mm (altura) x 76,6 mm (largura) x 8,5 mm (profundidade)
- 221g
Em utilização
O Pixel 9 Pro, apresentado a correr Android 14, corre nesta altura Android 15 e tem o Android 16 prestes a ser disponibilizado, ficando prometidos mais cinco anos de actualizações, prolongando a vida útil do equipamento.
O ecrã OLED com tecnologia LTPO, apresenta uma taxa de actualização entre 1 e 120Hz, que não tem conseguido evitar algumas críticas devido a
problemas de scroll, havendo quem identifique algum arrastamento na imagem. Confesso que nunca me tinha apercebido e tive de procurar vídeos para perceber do que se tratava o problema, pois a qualidade de imagem do Pixel 9 Pro é excelente.
O processador Tensor, agora na versão G4, acompanhado de 16GB de memória, consegue potenciar o nível de desempenho que se espera de um topo de gama, não havendo lugar a espera no tempo de resposta do smartphone.
Os benchmarks não foram uma surpresa, ficando o processador longe dos lugares de topo, algo que pode ajudar a explicar a sensação de estarmos na presença de um "falso lento". Quando colocado lado a lado com um smartphone equipado com processador Snapdragon nota-se uma diferença de resposta. Resta saber se devido à capacidade de processamento (mais provável) ou devido à optimização do software.
A autonomia foi mais uma vez optimizada para um dia de utilização. Sim, pode fazer mais, também pode fazer menos, vai sempre depender do nível de utilização do equipamento. Havendo a possibilidade de carregar durante o dia, ou até mesmo só à noite, nunca terão grandes problemas de autonomia com este Pixel 9 Pro XL.
Para carregar o smartphone, poderão utilizar um dos carregadores que tenham por casa. Em alternativa, a Google comercializa um carregador com 45W de potência, estando o smartphone limitado a um máximo de 37W. Segundo a marca, com o carregador recomendado, é possível atingir os 70% de carga em 30 minutos.
Nos inúmeros testes efetuados com carregadores de diferentes marcas (que não da Google), nunca consegui chegar próximo dos anunciados 37W (apenas 22W), mas consegui registar 61% em 33 minutos, o que resultaria em 37 minutos para os 70%. No mesmo carregamento, o smartphone levou 62 minutos a chegar aos 91%. Resumindo, irão necessitar de cerca de uma hora e um quarto para uma carga completa.
No que diz respeito a software, como seria de esperar, temos um bom exemplo do que melhor se pode desfrutar de momento, no mundo Android. Tudo relativamente simples, bem organizado, sem complicações e paletes de aplicações que pouco ou nada acrescentam em termos de funcionalidades. Com os Pixel Drop, (já recebeu os de Outubro e Março), foram chegando várias novidades, como o modo astrofotografia e a configuração de perfis (finalmente estamos a ter algo que o mítico
Tasker há anos disponibiliza). Neste âmbito, aguarda-se ainda a disponibilização das funcionalidades Pixel Studio e Pixel Screenshot para o nosso mercado.
Como tem sido política da Google, nem todas as funcionalidades chegam aos equipamentos mais antigos, o que percebe devido às limitações que o hardware pode apresentar. Contudo, nem sempre é fácil perceber estes critérios, ficando a sensação que é apenas um incentivo à aquisição de novos equipamentos.
As câmaras
O trio de câmaras do Pixel 9 Pro XL complementa-se, apresentando opções para diferentes cenários, apoiadas nas capacidades dos três sensores e funcionalidades de software que potenciam resultados de excelente qualidade, desde o muito útil modo macro, até à astrofotografia (tripé altamente recomendado), que vai convidar a noites bem passadas a olhar para o céu, um busca da fotografia perfeita.
Fotografias em cenários com pouca luz podem ser possíveis graças à eficiência do modo Night Sight, capaz de ir buscar luz aos mais ínfimos detalhes, garantindo na grande maioria das vezes, resultados muito bons.
O modo Add me é particularmente interessante para as fotografias de grupo, quando não temos alguém por perto para tirar a fotografia. A série Pixel 9 tira partido das capacidades do Tensor G4 para combinar duas fotos. Desta forma, é possível tirar uma foto e posteriormente, tirar uma segunda fotografia, adicionando à primeira imagem a pessoa que a tirou.
Em termos de vídeo, o Pixel 9 Pro XL permite gravar até 8K, tendo o utilizador a possibilidade de activar a funcionalidade Video Bost. Esta funcionalidade faz um pós processamento do vídeo, garantindo melhorias de luz, cor e estabilização de imagem mesmo a 8K, quando o sensor está limitado a 4K.
Apreciação final
A série
Pixel 9 apresenta um conjunto de 3 equipamento, com a versão Pro a apresentar dois modelos, o
Pixel 9 Pro e o
Pixel 9 Pro XL. As diferenças entre o Pixel 9 e os modelos Pixel 9 Pro são marcantes, como seria de esperar, com o taxa de actualização do ecrã e o sensor telefoto a serem os mais relevantes.
Já entre o Pixel 9 Pro e o Pixel 9 Pro XL, além da natural diferença em termos de dimensões, a resolução do ecrã, capacidade da bateria (com mais 360mAh), potência de carregamento (27W vs 37 W) e preço, são as únicas diferenças, com o público a poder optar por um modelo Pro compacto, sem perder características ou funcionalidades muito relevantes.
A actual situação dos smartphones Pixel, faz em certa medida lembrar um pouco do que se passava no tempo dos Nexus. Estamos na presença de um excelente smartphone, que deixa a sensação de ter ainda espaço para um ligeiro refinamento, para melhorar aquilo que já é efectivamente muito bom, saindo desta análise com um Escaldante.
Pixel 9 Pro XL
Escaldante
Prós
- Conjunto de câmaras muito versátil
- Software actualizado por 7 anos
- Novas funcionalidades sempre a chegar
Contras
- Preço
- Esperava-se mais do Tensor G4
- Autonomia para um dia
Pixel 9 Pro XL
Aberto até de Madrugada
Escaldante (5/5)