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Um engenheiro envolvido na criação da ferramenta de formatação do Windows NT revelou que era suposto ser uma solução temporária - mas que se tem mantido há 30 anos e acabou por se expandir a todos os Windows.

O caso é curioso mas não tão incomum como se possa pensar. Dave Plummer diz que a sua equipa estava a transferir coisas do Windows 95 para o Windows NT, e que o Format era uma das coisas que era demasiado diferente no NT e obrigou a criar um interface diferente. Para isso, começou a anotar todas as opções disponíveis para a formação de um disco, como o filesystem, nome, tamanho dos cluster, compressão, encriptação, etc. e criou um ecrã básico com essas opções disponíveis - imaginando que isso acabaria por ser remodelado e melhorado por alguém especializado na parte dos interfaces. Só que a sua solução temporária acabou por nunca ser alvo de qualquer alteração, e mantém-se inalterada até hoje, podendo ser vista no Windows 11.

I wrote this Format dialog back on a rainy Thursday morning at Microsoft in late 1994, I think it was.

We were porting the bajillion lines of code from the Windows95 user interface over to NT, and Format was just one of those areas where WindowsNT was different enough from… pic.twitter.com/PbrhQe0n3K

— Dave W Plummer (@davepl1968) March 24, 2024

Mais curioso ainda (e mais "grave") é que a sua decisão temporária não se limitou ao aspecto visual do interface. As opções que ele escolheu para o tamanho dos clusters acabou por implicar que o tamanho máximo dos volume FAT no Windows ficasse limitado aos 32 GB. Um limite que deu muitas dores de cabeças a muitas pessoas; e que agora se descobre que não eram uma limitação do sistema FAT em si (que tecnicamente suporta volumes até 2 TB), mas sim desta escolha de uma única pessoa dos valores que decidiu apresentar num interface temporário da formatação.

Com o passar dos anos as gerações seguintes do Windows continuaram a usar este Format tal como tinha sido criado para o Windows NT - revelando que, por vezes, as soluções temporárias acabam por ser mais permanente do que se imaginaria.

Três anos depois de "Thank You for Nothing", o seu primeiro single, ANNA PRIOR prepara-se para editar o EP de estreia em nome próprio.

A cantora, compositora, produtora, DJ e radialista que se notabilizou ao lado dos Metronomy (nos quais se ocupa da bateria e coros) mantém-se pelos territórios da música de dança na nova aventura, embora pareça ter-se deixado seduzir pela revisitação da house (escola anos 90) que também se tem feito ouvir noutras discografias, de Beyoncé a Shygirl.

Com produção partilhada entre James Greenwood (AKA Ghost Culture), o trio PPJ (Páula, Povoa & Jerge) e o português Luís Clara Gomes (AKA Moullinex, que já tinha remisturado "Thank You for Nothing") , "ALMOST LOVE" é esperado a 13 de Junho e vai contar com sete temas. Dois já são conhecidos: "FALL BACK", o single mais recente, e "TECH NÃO", nascidos num período em que a britânica colaborou em "ZEITGEIST", o novo álbum de The Legendary Tigerman (na canção "Losers"), e assinou remisturas para Little Boots ("Crying on the Inside") ou Disco Bahía ("Bahía").

Nos últimos tempos, resultado de uma estadia em Lisboa desde a pandemia, a poesia de autores portugueses dos séculos XIX e XX ganhou lugar entre as paixões do momento e é uma das influências do disco, ainda que não seja muito evidente nas letras ou nos videoclips (em modo noctívago e festivo, dirigidos por Tom Furse, teclista dos The Horrors) dos dois avanços iniciais:

CNPD suspende recolha biométrica da Worldcoin em Portugal; Telegram oferece Premium em troca de envio de SMS; Xbox Cloud Gaming com rato e teclado; Google Messages melhora partilha de fotos ao estilo do WhatsApp; e Tesla vai oferecer 1 mês de FSD gratuito nos EUA.

Antes de passarmos às notícias, não deixes de participar no nosso habitual passatempo semanal, que desta vez te pode valer uma pen USB SanDisk Ultra Eco de 128 GB.

Discos de vinil ultrapassam CDs pelo 2º ano nos EUA

Nos EUA, pelo segundo ano consecutivo, venderam-se mais discos em vinil do que CDs (43 milhões versus 37 milhões).

Mas claro que estes números são sempre relativos, e representam apenas 11% das receitas musicais. A fatia de gigante vai, obviamente, para o streaming, que em 2023 amealhou 84% do valor total. E com isto, vê-se que a indústria discográfica conseguiu aquilo que sempre pretendeu, de desincentivar a compra de álbuns (que os fãs podem comprar uma vez e ouvir milhares de vezes sem custos extra) e passar para um serviço em que sejam obrigados a pagar recorrentemente para poderem continuar a ouvir o que querem. E enquanto isso, por cá continuamos a pagar a taxa pelo espaço de memória que hipoteticamente poderia ser usado para guardar músicas que agora já nem se descarregam...

Chrome lança versão nativa ARM para Windows

As máquinas Windows com chips ARM vão passar a ter um Chrome mais eficiente. Em vez de terem que usar o Chrome standard, feito para chips x64 e que necessitam de correr em modo emulado, vão poder usar um Chrome compilado de raiz para os chips ARM, com os óbvios benefícios em termos de desempenho e eficiência.

A MS tem feito grande aposta no Windows ARM, sendo que isso acabará por ser uma obrigação para fazer frente às mais recentes gerações de Macs com os chips M1/M2/M3 da Apple. Nos próximos meses começarão a chegar ao mercado computadores Windows com o novo Snapdragon X Elite da Qualcomm, que têm gerado bastantes expectativas.

Apple WWDC 2024 a 10 de Junho

A Apple já revelou a data para a WWDC 2024 (Worldwide Developers Conference), que este decorrerá de 10 a 14 de Junho.

Espera-se que a Apple revele detalhes sobre o próximo iOS 18, que deverá fazer grande aposta nas capacidades AI, e que até deverá permitir colocar os icons das apps onde os utilizadores quiserem.

É também de esperar que a Apple apresente novidades referentes ao Vision Pro, agora que já teve acesso ao feedback da primeira vaga de utilizadores dos seus ultra-dispendiosos óculos VR, e que depois de mediatismo inicial parecem ter sido relegados para a gaveta do "esquecimento" por parte do público. Algo que só deverá mudar quando a Apple lançar óculos que sejam significativamente mais acessíveis.

Curtas do dia

• Copilot promete resumos mais inteligentes no Teams
• MatX promete criar chips AI 10x mais rápidos que os da Nvidia
• Flórida exige autorização dos pais para filhos poderem estar nas redes sociais
• Projecto Ghostbusters do Facebook usava Onavo para espiar concorrentes

Resumo da madrugada

• Teclast P40HD 4G a €109
• Ganha uma pen USB SanDisk Ultra Eco
• Xbox Cloud Gaming com rato e teclado
• Google Messages melhora partilha de fotos
• Chrome vai ter letras mais definidas em Windows
• Tesla vai oferecer 1 mês de FSD gratuito nos EUA
• Telegram oferece Premium em troca de envio de SMS
• CNPD suspende recolha biométrica da Worldcoin em Portugal
• Opera cresce 164% na UE com ecrã de selecção de browser no iOS
• PS5 vai ter gravação de clips automática para ajudar jogadores

Curiosidade do dia: O MIDI (Musical Instrument Digital Interface) é um protocolo open-source criado no início da década de 80, para interligar instrumentos musicais. Foi inicialmente fomentado pelo fundador da Roland, Ikutaro Kakehashi, ao ver cada fabricante a apostar em sistemas proprietários para as suas marcas, e achar que todos teriam a ganhar em adoptar um sistema standard comum.

Depois do P20HD temos mais um tablet da Teclast que chega com características imbatíveis a um preço reduzido: o P40 HD com 4G.

O Teclast P40HD vem equipado com um ecrã IPS de 10.1" (1920x1200) com touch a 120 Hz, CPU Unisoc T606 octa-core, 8 GB de RAM, 128 GB + microSD até 1 TB, câmaras de 5MP e 2MP, conectividade 4G LTE dual SIM, WiFi ac dual-band, BT 5.0, GPS, corpo de meta, bateria de 6000 mAh e Android 13.
Com tudo isto, este Teclast P40HD 4G está disponível por apenas 109.99 euros na Amazon Espanha - usar cupão de desconto de 50 euros.

Uma proposta tentadora para quem estiver à procura de um tablet de 10" barato mas que mantenha características interessantes e seja capaz de um funcionamento livre de preocupações. Só de pensar que, num passado não muito distante, uma simples moldura digital com ecrã de tamanho muito mais reduzido, que só podia mostrar fotos, custava valores bastante mais elevados, é revelador do quanto a tecnologia evoluiu desde então. Graças a tablets como este, podemos facilmente considerar colocá-los em diversos locais espalhados pela casa, apenas para funcionarem como interface de intercomunicação, ver notícias, e controlar a casa.


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A Microsoft está finalmente a permitir jogar com rato e teclado no Xbox Cloud Gaming no Chrome, Edge, e app Xbox em Windows.

O Xbox Cloud Gaming é o serviço de streaming de jogos da Microsoft, que dá acesso a jogos Xbox sem necessidade de ter uma Xbox, a partir do computador, smartphones, tablets, e até Smart TVs. Até é possível usar o Xbox Cloud Gaming numa Xbox, e dessa forma poder jogar ou experimentar jogos sem necessidade de os instalar (o que por vezes acaba por ser bastante útil, especialmente quando se tratam de jogos que podem exigir mais de 100 GB de download e de espaço no SSD).

No entanto, até agora, o serviço estava dependente da utilização de um gamepad Xbox, coisa que agora é expandida à utilização do rato e teclado, no Chrome, Edge, e app Xbox em Windows.

Nos browsers será necessário colocar o jogo em full-screen, com o teclado e rato a serem usados para o jogo. Para sair será necessário manter pressionada a tecla ESC durante alguns momentos, para que o teclado e rato voltem a controlar o PC e não o jogo. Também existe a combinação de teclas ALT+F9 para passar do controlo via rato e teclado para o controlo via gamepad. A MS alerta ainda que é possível que alguns jogos apresentem elementos de controlo via gamepad antes de se usar o rato e teclado, só reconhecendo a nova forma de controlo quando se começar a interagir com o jogo.

Por agora os jogos Xbox Cloud Gaming que suportam o controlo via rato e teclado são:

• Fortnite (só no browser)
• ARK Survival Evolved
• Sea of Thieves
• Grounded
• Halo Infinite
• Atomic Heart
• Sniper Elite 5
• Deep Rock Galactic
• High on Life
• Zombie Army 4 Dead War
• Gears Tactics
• Pentiment
• Doom 64
• Age of Empires 2

Por agora isto está disponível apenas para os Xbox Insiders, mas é de esperar que não demore muito para que seja disponibilizado a todos os utilizadores.

Depois de Espanha e outros países, também em Portugal a Worldcoin será obrigada a suspender a recolha de dados biométricos, por decisão da CNPD.

A Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD) disse estar preocupada com a recolha de dados biométricos da íris, olhos e rosto, feita pela Worldcoin - projecto de Sam Altman, o mesmo Sam Altam que está à frente da OpenAI, que visa criar uma criptomoeda que fica associada à identidade de cada pessoa. O projecto tem feito recolha destes dados em inúmeros países pelo mundo, e no nosso país até chegando a fazê-lo nos centros comerciais, onde aparentemente até fazia a recolha de dados de menores.

Em Espanha a Worldcoin também foi obrigada a suspender a recolha de dados, com um tribunal a reforçar a decisão e a proibir a utilização de qualquer dado recolhido em Espanha. Agora, a CNPD ordena uma suspensão temporária por 90 dias, para que possa proceder à averiguação do processo e emitir uma decisão final. A CNPD refere ter recebido dezenas de queixas referentes à Worldcoin, referentes à recolha de dados de menores sem a devida autorização (a recolha é feita sem que exista qualquer validação da idade), impossibilidade de solicitar a eliminação dos dados recolhidos, e outras questões.

É certo que é possível que a Worldcoin esteja a fazer tudo "direito", e que a recolha de dados biométricos seja feita de forma a que esses dados nunca fiquem guardados em formato recuperável. Infelizmente, temos muitos casos em que a suposição de que tudo está a ser bem feito acaba por se revelar bem diferente do que é feito na realidade. Como tal, não fará mal que se sujeitem a auditorias externas para confirmar o que realmente está a ser feito, e como.

O Telegram tem um polémico sistema que oferece mensalidades Premium, em troca do envio de SMS com códigos para outros utilizadores.

Este novo serviço "Peer-to-Peer Login" (P2PL) é apresentado como sendo uma forma de beneficiar os utilizadores que estejam em regiões onde o envio de SMS pelo serviço não é muito fiável, para isso recorrendo ao telefones de outros utilizadores para fazerem esse serviço.

Para os utilizadores que aderirem, significa que o seu telemóvel será utilizado para enviar códigos de autenticação via SMS para outras pessoas, com um máximo de 150 mensagens por mês. Em troca, se o seu telefone enviar um determinado número de SMS, receberá um gift code que lhe dá um mês de serviço Premium.
Obviamente, é uma oferta bastante duvidosa - e ainda mais para um serviço que tantas vezes refere a segurança e o respeito pela privacidade. Isto porque os utilizadores que aderirem a este serviço terão o seu número de telefone exposto a todas as pessoas que receberem um dos códigos enviados, sujeitando-se a que essas pessoas lhes possam enviar mensagens, ou que divulguem o seu número de telefone noutros serviços. Adicionalmente, o Telegram faz questão de referir que se descarta de toda a responsabilidade do serviço poder resultar em "inconvenientes, assédio, ou danos" para os utilizadores.

Tal como nenhum utilizador deverá aceitar vender o seu número de telefone por tão fraca recompensa, também o Telegram deveria ter pensado melhor antes de vender a sua reputação para poupar nos serviços de envio de SMS.

A Sony está a preparar um sistema de gravação automática de clips para ajudar os jogadores.

Hoje em dia é praticamente indispensável recorrer ao YouTube para se descobrir como obter alguns troféus nos jogos. Algo que a Sony quer evitar, fazendo com que tudo esteja imediatamente acessível na PS5.

O sistema permite gravar automaticamente um clip de vídeo sempre que os jogadores obtêm um troféu ou elementos secretos/escondidos, de modo a que outros jogadores possam ver como o fazer. No entanto, é uma função que fica dependente da activação por parte do jogador, e o clip continua a ficar dependente de moderação antes de ser disponibilizado a todos os jogadores como "Game Help hint".
Os vídeos não incluem áudio do utilizador, pelo que não têm que ter receio das conversas que pudessem estar a ter com amigos num jogo multiplayer, e também não ficam a ocupar espaço na consola - sendo eliminados assim que são enviados para a Sony.

Este novo sistema Community Game Help chegará ainda este ano para alguns jogos, com a Sony a dizer que espera que o sistema seja expandido a "todos os jogos" no futuro.

Todas as semanas temos gadgets para vos oferecer, e desta vez a escolha recai sobre uma pen USB SanDisk Ultra Eco de 128 GB.

As pens USB continuam a ser extremamente práticas para transportar os nossos conteúdos digitais de um lado para o outro, com a grande vantagem adicional de não ficarem dependentes de se ter uma ligação à internet. Por isso, esta semana temos para oferecer esta útil pen USB SanDisk Ultra Eco de 128 GB, com velocidades de até 100 MB/s.
Já sabem como funcionam os nossos passatempos semanais: ao longo dos próximos dias iremos colocando diferentes perguntas no formulário que se segue, e no final o mesmo será oferecido aleatoriamente entre os participantes que tiverem acertado correctamente pelo menos numa delas (sendo que mais respostas certas melhorarão as vossas probabilidades de ganharem - mas atenção, pois apenas conta a primeira resposta que derem a cada pergunta.)

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Passatempo aberto a todos os participantes com morada em Portugal.

A Tesla parece achar que o seu eternamente demorado FSD está finalmente pronto para ser lançado.

Ano após ano, a promessa dos Tesla que podiam conduzir sozinhos tem estado sem ser concretizada. As promessas têm sido tantas e recorrentes que já ninguém leva a sério quando Musk diz que o modo Full Self Driving (FSD) chegará "antes do final do ano". Mas recentemente, a Tesla alterou radicalmente a estrutura do FSD, abdicando do sistema tradicional e optando por um sistema de inteligência artificial, que parece estar a dar melhores resultados. E esses resultados parecem ser suficientes para fazer com que a Tesla comece a promover o FSD de forma mais activa.

Para começar, a Tesla vai oferecer um mês de FSD gratuito a todos os Tesla nos EUA. Mas, adicionalmente, também deu instruções para que o modo FSD seja demonstrado em todas as entregas de carros novos.


Ainda assim, tendo em conta que nos EUA o modo FSD é um opcional que custa 12 mil dólares - um terço do valor de um Model 3 base(!) - e o longo historial das promessas falhadas ao longo dos anos, será natural que a maioria dos clientes se sinta bastante céptico em investir tal valor num sistema que poderá não ficar verdadeiramente funcional durante o tempo que vão manter o carro.

O maior problema do FSD não será funcionar bem durante 95% do tempo, mas sim a forma como irá lidar com os 5% das situações com que não consegue lidar, e que fazem com que o condutor continue a ter que manter atenção permanente durante a condução (ao contrário do que a designação Full Self Driving dá a entender).

O Google Messages está a melhorar o sistema de partilha de fotos, copiando o que o WhatsApp e outras apps já fazem.

Actualmente, quando se escolhe partilhar uma foto e se toca no símbolo da câmara para tirar uma nova foto, o Google Messages adiciona a foto (em tamanho reduzido) directamente à mensagem. Embora seja possível tocar na foto para a expandir, não facilita o processo de se ver detalhes na foto. Daí que isso esteja a ser mudado.

O novo sistema será imeditamente reconhecido por quem já utilizar apps como o WhatsApp, em que depois de se tirar a foto se passa a ver a foto em tamanho grande, com o campo de texto mais pequeno para se escrever a mensagem (se assim se desejar).
Este novo sistema está a aparecer no Google Messages beta (versão 20240318_01_RC00 e mais recentes), mas ficando também dependente da activação do lado da Google - pelo que poderá não aparecer imediatamente para todos os utilizadores.

Resta agora esperar que a alteração seja aprovada e oficializado com o lançamento na versão pública do Google Messages.

O Opera é outro dos browsers que registou um aumento significativo com o novo ecrã de browsers alternativos que o iOS foi obrigado a apresentar com a entrada em vigor do Digital Markets Act (DMA).

Depois do Brave ter anunciado um aumento de 50% no número de downloads após a Apple ter começado a mostrar um ecrã com sugestão de browsers alternativos nos iPhones, é agora a vez do Opera anunciar um crescimento ainda maior.

O Opera diz que teve um crescimento de 164% entre os utilizadores europeus do Opera para iOS. Esse crescimento também se fez sentir em Android, com um aumento de utilizadores de 54% em França no dia em que ecrã idêntico começou a surgir nos Android.
No iOS, a lista de browsers é criada de forma independente para cada país, apresentando (até) os 11 browsers mais descarregados da App Store no ano anterior e que tenham tido um mínimo de cinco mil downloads. Essa lista é apresentada por ordem aleatória para que não haja qualquer favorecimento de qualquer um dos browsers alternativos que são apresentados.

De notar que, apesar da Apple dizer que permitirá verdadeiros browsers alternativos, por agora todos os browsers para iOS continuam a ser forçados a utilizar o mesmo motor WebKit que é utilizado pelo Safari que vem de origem nos iPhones.

O Chrome poderá finalmente resolver a questão do rendering dos tipos de letra em Windows, que tem sido alvo de críticas ao longo dos anos.

O Chrome pode ter-se tornado no browser mais popular, mas no Windows nunca se livrou de críticas daqueles que prestam atenção aos detalhes, mais concretamente à forma como as letras são desenhadas no ecrã. Apesar do Windows há muito contar com a tecnologia ClearType, que tira partido dos subpixeis dos ecrãs para melhorar a definição e qualidade visual das letras, a Google nunca se preocupou em tirar partido disso. Mas agora a coisa parece estar a ser resolvida, com a ajuda da Microsoft.

A Microsoft já resolveu o problema no Edge (que também usa o Chromium como base), e essas correcções estão a caminho de integrar o Chome 124.

Mais concretamente, o Chrome não fazia caso do dos valores de contraste e gamma aplicados no ClearType, usando sempre valores fixos. A partir do Chrome 124, o Chrome utilizará os valores correctos definidos pelo ClearType, fazendo com que a apresentação de texto no Chrome tenha a mesma qualidade que a das apps nativas Windows. Esta não é única ajuda que a MS tem dado ao Chrome desde que adoptou o Chromium para o Edge, tendo também já feito diversas melhorias a nível da fluidez do scroll, suporte para touch, e outras.

UE não aceita app stores alternativas como a Apple quer; BYD Seal Performance falha na tracção às 4 rodas; iOS 18 vai deixar colocar apps em qualquer ponto do ecrã; uso do X continua em queda; quanta energia recuperam os carros eléctricos; como fazer uma micro-consola Pong de bolso com ESP32; falha Unsaflok deixa 3 milhões de fechaduras electrónicas em risco; e tema KDE malicioso apaga computadores.


Antes de passarmos às notícias, não deixes de participar no nosso habitual passatempo semanal, que desta vez te pode valer um cubo de tomadas múltiplas com USB.

Apple começa a actualizar iPhones dentro das caixas

A Apple vai finalmente assegurar que todos os iPhones comprados vêm com a mais recente versão do sistema, usando um curioso sistema wireless que permite efectuar o processo de actualização com os iPhones dentro das embalagens seladas. O sistema é capaz de recarregar os iPhones via wireless e activar o processo de actualização.

Desta forma evita-se a péssima experiência de comprar um iPhone e, logo durante o processo de configuração inicial, se ser confrontado com a mensagem de que existe uma actualização que obriga a ficar a olhar para o ecrã durante mais uns longos minutos.

S Pen do Galaxy S24 Ultra cheira mal

Cheiros e tecnologia são temas que não se pensaria terem nada em comum, mas por vezes acontece. Há relatos de que o S Pen do Galaxy S24 Ultra cheira a plástico queimado, e que tem estado a preocupar alguns utilizadores ao ponto de lhe chamarem "Stinky Pen".

Mas, ao que parece, não há caso para alarme, sendo apenas causado pelo aquecimento do próprio smartphone, especialmente quando sujeito a tarefas mais intensivas, e que aquece o S Pen quando está alojado no interior do smartphone, fazendo com que produza o odor que muitos consideram desagradável. Talvez para a próxima geração a Samsung possa ter mais atenção e escolher um tipo de plástico que seja mais aromático.

China proíbe CPUs Intel e AMD nos PCs do governo

A China continua a retribuir o afastamento que os EUA (e o ocidente em geral) têm tido face a algumas das suas empresas, agora anunciando que será proibido utilizar chips ocidentais, como os CPUs Intel e AMD, nos PCs governamentais. Este afastamento não se faz sentir apenas no hardware, havendo também medidas idênticas a nível de se deixar de utilizar o Windows e outros softwares de empresas ocidentais.

Com isto, a China visa também incentivar o uso e desenvolvimento de hardware e software próprios, que evitem situações como as que têm atormentado a Huawei nos últimos anos, quando ficou impedida de utilizar chips ocidentais e aceder a serviços como os da Google - isto numa altura crítica onde já estava prestes a ultrapassar a Samsung e tornar-se na marca número um nos smartphones.

Curtas do dia

• Gen Z troca trabalhos regulares pelos "biscates"
• Apple vai lançar os Vision Pro na China durante 2024
• Redis muda para licença comercial - oficialmente, deixa de poder ser considerado open-source
• Juiz diz que processo de Elon Musk contra o Center for Countering Digital Hate é "birra" por o terem criticado

Resumo da madrugada

• XPeng lança P7i Wing Edition
• Falha Unsaflok deixa 3 milhões de fechaduras electrónicas em risco

• Mercedes faz crash-test em raios-X
• Micro-consola Pong de bolso com ESP32
• Spotify lança Miniplayer para Windows e Mac
• LEGO Ideas Dungeons & Dragons: Red Dragon's Tale
• ESA tenta remover humidade do telescópio espacial Euclid
• EUA recuperam $2.3M em criptomoeda de conta fraudulenta na Binance
• ChargeGuru Zeplug facilita carregamento de veículos eléctricos em condomínios e empresas

• Uso do X continua em queda
• Telegram suspenso em Espanha
• Boom XB-1 voa pela primeira vez
• Starship Simulator no Kickstarter
• Tema KDE malicioso apaga computadores
• Cybertruck desmontado revela os seus segredos
• VLC critica "app stores" por impossibilitarem actualizações no Windows e Android

• SSD externo Crucial X9 4TB a €233
• Chip A18 Pro da Apple terá AI local
• WhatsApp com fixação de até 3 mensagens
• Headphones Corsair HS80 RGB Wireless a €121
• Que energia recuperam os carros eléctricos?
• BYD Seal Performance falha na tracção às 4 rodas
• UE não aceita app stores alternativas como a Apple quer
• iOS 18 vai deixar colocar apps em qualquer ponto do ecrã

Curiosidade do dia: As primeiras tomadas eléctricas começaram a ser utilizadas no Reino Unido na década de 1880, oferecendo uma forma fácil e cómoda de ligar dispositivos à rede eléctrica que começava a chegar às casas. Até aí, eram comuns existirem adaptadores de enroscar que permitiam ligar coisas como ventoinhas e aspiradores aos casquilhos das lâmpadas.

Ideal para transportar até 4 TB de dados de forma rápida e compacta, ou para ser usado em aplicações onde pens USB ou cartões de memória não sejam adequados, este SSD externo Crucial X9 apresenta-se como solução eficiente e económica.

Há situações onde uma pen USB ou cartão de memória servem para transferir ou armazenar dados; outros casos há onde será conveniente optar por um suporte mais fiável e / ou de maior velocidade. Este SSD externo Crucial X9 vem com ficha USB-C e está disponível com capacidades de 1 TB, 2 TB e 4 TB, mediante as necessidades.
O SSD externo Crucial X8 de 4 TB está disponível por 233.79 euros na Amazon Espanha.

As velocidades de transferência anunciadas são de 1050 MB/s, mais de que adequadas para a maioria dos utilizadores, facilitando o processo de transferência de centenas de gigabytes sem grande desespero. De resto, temos ainda o descanso adicional de ser um SSD que utiliza memórias flash da Micron, o que também serve para dar alguma confiança quanto à sua fiabilidade e longevidade.


Acompanha as melhores promoções diárias no nosso grupo AadM Promos.

O BYD Seal Performance reprovou num embaraçoso teste onde tinha que mostrar as vantagens de ser (supostamente) um carro AWD com tracção às quatro rodas.

A equipa sueca do Teknikens Varld queria ver como é que o BYD Seal Performance se comportava em situações de pouca aderência, com a estrada com gelo e neve, e ficou surpreendida pela negativa. Apesar deste modelo contar com tracção às quatro rodas, o carro nunca activou o eixo dianteiro durante as situações de arranque, comportando-se tal como se fosse um carro apenas com tracção no eixo traseiro.

Nalgumas situações, com o carro já em andamento, parece que efectivamente o sistema dá uso ao eixo frontal; mas o processo de arranque em situações de baixa aderência seria um onde se esperaria ver a vantagem do "AWD" (All Wheel Drive). A única atenuante é que isto será algo que poderá ser resolvido através de uma actualização; mas não deixa de ser um caso que prejudica a imagem da BYD, de que não fez o trabalho de casa que deveria ter feito durante os testes de desenvolvimento do carro.


Esperemos que isto não se comece a tornar numa tendência. Já temos problemas que cheguem a nível de produtos como os smartphones, que estão em permanente estado beta, assim como as apps, que invariavelmente obrigam a dezenas de actualizações por dia.

A ADAC alemã testou alguns carros eléctricos para ver a sua capacidade de recuperação de energia nas descidas e travagens.

Uma das particularidades dos carros eléctricos é que, quando estão em travagem ou em descidas, podem inverter o funcionamento dos motores para que actuem como geradores, recuperando energia para recarregar a bateria. Mas, tal como diferentes carros eléctricos têm diferentes consumos, as suas capacidades de regeneração também variam.

A ADAC fez um teste com um Dacia Spring, Tesla Model Y, e BMW i7, analisando o seu consumo ao subir e descer. Sem surpresas, o Spring, mais leve, teve o menor consumo ao subir, com 26.35 kWh/100 km versus 48.74 kWh/100 km do Model Y e 59.34 kWh/100 km do i7. Na descida, as coisas inverteram-se, com o mais pesado i7 a ter vantagem com recuperação de 26.27 kWh/100 km versus 17 kWh/100 km do Tesla e 7.05 kWh/100 km do Dacia. Globalmente, o Dacia foi o mais poupado, com consumo de 14.5 kWh/100 km, seguido do Model Y com 16.9 kWh/100 km e do BMW i7 com 18.5 kWh/100 km. Mas na recuperação o i7 ganha, tendo conseguido recuperar 50% da energia, seguido pelo Model Y com 40% e do Dacia com 35%.
Olhando para os valores de recuperação de energia durante o teste WLTP, temos carros que vão dos 9% (Dacia Spring) aos 29% e 31% (Hyundai Ioniq 6 e Nio ET7) com a média a rondar os 22%.
Este é também um dos motivos pelos quais nunca se deve carregar um carro eléctrico a 100% (a não ser em circunstâncias especiais), já que no dia a dia será conveniente deixar espaço de manobra para se tirar partido do processo de regeneração de energia. Normalmente, os condutores podem também ajustar o nível de regeneração, que acaba por se fazer notar na forma como o carro desacelera quando se tira o pé do acelerador.

A UE não considera que a pseudo-abertura da Apple a nível de permitir app stores alternativas cumpra os requisitos do Digital Markets Act (DMA).

A novela da abertura do iOS à concorrência, como exigido pelo DMA europeu, ainda vai dar muito que falar. A Apple efectivamente disse que iria permitir a existência de app stores alternativas, assim como a instalação directa de apps sem ser via app store, mas o problema é que isso era feito sob um conjunto de regras e restrições que continuavam a deixar todo o processo sob controlo da Apple. Inicialmente a Apple até exigia uma caução de 1 milhão de euros para quem quisesse ter uma app store, da qual veio a abdicar, mas agora restringindo a abertura de lojas alternativas a quem já estiver há pelo menos dois anos no seu programa de developers - coisa que será difícil de conseguir quando a Apple pode facilmente cancelar a conta de quem não gostar.

Adicionalmente, e igualmente problemática, é a intenção da Apple continuar a cobrar uma taxa "Core Technology Fee" de 50 cêntimos por ano por cada instalação de apps que tenham mais de um milhão de instalações. Fazendo com que qualquer app de grande volume, mesmo que seja gratuita, se arrisque a pagar milhões por ano à Apple - quando o objectivo de usar uma app store alternativa seria escapar a esses taxas Apple.

A UE avança agora para uma investigação formal por não cumprimento do DMA, que se poderá arrastar por anos, mas que pode culminar numa multa de até 10% da facturação anual a nível mundial, podendo subir para os 20% no caso de infracções continuadas. Tendo em conta que em 2023 a Apple facturou 383 mil milhões de dólares, esta "brincadeira" com o DMA poderá custar-lhe cerca de 38 mil milhões - valor que finalmente já se torna num pesado incentivo para que cumpra com as regras, ao contrário das multas de poucos milhões que se tornam inconsequentes para os gigantes tecnológicos.