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Perante a exigência de backdoors para o acesso aos dados, a Apple deixa de disponibilizar o sistema Advanced Data Protection no Reino Unido.

A Apple deixou de disponibilizar a funcionalidade Advanced Data Protection (ADP), que oferece encriptação end-to-end no iCloud, a novos utilizadores no Reino Unido. Além disso, os utilizadores que já activaram esta proteção terão que a desactivar - em data ainda a anunciar. A decisão surge após exigencias das autoridades britânicas para a criação de um backdoor que permitisse aceder aos ficheiros encriptados dos utilizadores em todo o mundo. Embora a Apple não tenha confirmado a razão exacta, que muitas vezes nem sequer pode ser feita devido a sigilo obrigatório em torno destes pedidos, a empresa reafirmou que nunca criará uma porta de acesso secreta nos seus serviços.

O ADP protege backups, fotos e outros ficheiros no iCloud com encriptação de end-to-end, garantindo que apenas o utilizador pode aceder a esses dados, e que nem mesmo a Apple os consegue decifrar. Com a remoção desta funcionalidade, os ficheiros dos utilizadores britânicos passam a estar acessíveis para a Apple e também para as autoridades que exigirem esses dados.
A decisão está alegadamente ligada ao Investigatory Powers Act (também conhecido como Snoopers’ Charter), uma legislação britânica que permite ao governo exigir alterações técnicas a empresas tecnológicas para facilitar a vigilância. Relatórios indicam que a Apple recebeu um technical capability notice obrigando-a a cumprir estas exigências. Embora possa recorrer da decisão, não pode atrasar a sua implementação. Em vez de criar um backdoor, a Apple optou por remover o ADP no Reino Unido.

Tratando-se da Apple, já se pode imaginar que esta medida tem originado bastantes discussões. Por um lado, há sites que anunciam esta medida como sendo um "acto de rebelião" da Apple, do outro lado, há quem tenha visão totalmente oposta, dizendo que foi uma cedência total da Apple, que deixa todos os utilizadores britânicos expostos às autoridades. Seja como for, neste tipo de coisas não há muito que possa ser feito, ao estilo do que a Apple é forçada a cumprir em países como a China (que não permite apps VPN, por exemplo), e até nos próprios EUA, onde Apple e Google tiveram que remover o TikTok (que foi reposto recentemente).

No entanto, se a Apple quisesse ser realmente "rebelde", deixaria de oferecer o ADP de forma oficial, mas criaria um sistema alternativo que permitisse aos utilizadores usar um serviço externo de encriptação à sua escolha, ficando à responsabilidade de cada um proteger os dados da maneira que melhor entendesse, em vez de deixar os utilizadores sem qualquer opção para isso.

O arranque da nova série disponível na SkyShowtime é uma lição de classe e subtileza, qualidades pouco vistas em superproduções recentes. Elevada por um Michael Fassbender no seu melhor (e a liderar um elenco escolhido a dedo), "A AGÊNCIA" dá novo fôlego a thrillers de espionagem sem precisar de inventar muito.

Não falta pedigree à mais recente criação dos irmãos Jez e John-Henry Butterworth, argumentistas de "Jogo Limpo", de Doug Liman, ou "Le Mans '66: O Duelo", de James Mangold. A série que adapta a francesa "A Agência Clandestina" junta nomes como Michael Fassbender, Richard Gere, Jeffrey Wright e Jodie Turner-Smith, tem Joe Wright ("Orgulho e Preconceito", "Expiação") como realizador dos primeiros episódios e conta com George Clooney entre os produtores executivos.

Alem dos dez capítulos iniciais, "A AGÊNCIA" já tem uma segunda temporada garantida e talvez por isso não pareça querer carregar no acelerador - pelo menos não tanto como a também recomendável "Black Doves" ou a mais esquemática "A Diplomata", outras histórias de espionagem recentes do pequeno ecrã (ambas da Netflix). Mas o ritmo pausado assenta-lhe bem, pelo menos para já, sobretudo quando tem um Michael Fassbender magnético no centro de uma narrativa que cruza experiências de vários agentes da CIA em Londres.

À primeira vista, o actor irlandês parece repetir aqui o papel de "O Assassino", filme de David Fincher que protagonizou há dois anos. Volta a surgir na pele de um homem estóico e calculista, de poucas palavras mas certeiro nas acções, inteiramente dedicado à sua missão. Ou assim parecia, até ao momento em que uma saída brusca da sua residência na Etiópia para o Reino Unido, a pedido dos seus superiores, o obriga a separar-se de uma mulher que não encara, afinal, como só mais uma peça tão estratégica como descartável.

Esse conflito entre o pessoal e o profissional, abraçado por Fassbender com a precisão e intensidade esperadas (em modo contido), é o elemento mais intrigante de "A AGÊNCIA", série que se revela mais escorreita do que desafiante nas tramas secundárias (da iniciação de uma jovem agente a missões na Bielorrússia e na Ucrânia), por muito que estas possam vir a trazer grandes surpresas pelo caminho.  

Os acima mencionados Richard Gere, Jeffrey Wright e Jodie Turner-Smith ajudam a conferir segurança a um elenco sólido, mesmo que os primeiros episódios não mergulhem a fundo nas suas personagens. Joe Wright, por outro lado, entrega já tudo ao dirigir habilmente uma trama de espionagem, depois de um percurso que começou inspirado, em filmes de época, e se tornou irregular entre mudanças de registo. O britânico é muito bom a captar uma Londres envidraçada, dominada por reflexos e azuis metálicos, cenário perfeito para um retrato da solidão, alienação e desconfiança feito com uma respiração por vezes mais cinematográfica do que televisiva (sobretudo nas cenas domésticas de Fassbender).

Para esse efeito atmosférico de travo nórdico contribui também a direcção de fotografia do sueco Jakob Ihre, colaborador habitual do norueguês Joachim Trier ("Oslo, 31 de Agosto", "Ensurdecedor", "Thelma") e outra escolha a aplaudir numa série que sabe ir envolvendo o espectador.

"A AGÊNCIA" estreou-se a 10 de Fevereiro na SkyShowtime e conta com novos episódios na plataforma às segundas-feiras.

Este projecto mostra como usar um ESP32 para criar um Air Mouse, com controlos multimédia para ainda maior versatilidade.

Este projecto faça-você-mesmo é simultaneamente educativo como funcional, mostrando como se pode criar um Air Mouse - um "rato" com o qual se pode controlar o ponteiro do cursos usando gestos feitos no ar - com botões touch adicionais para controlar a reprodução de conteúdos multimédia.

O cérebro do sistema é o já habitual ESP32, aqui numa variante ESP32-C3, e acompanhado por um sensor giroscópico MPU6050 e um controlador MPR121 para lidar com os botões touch numa dezena de funções individuais, com alguns componentes adicionais secundários - como as baterias. O corpo pode ficar a cargo de uma impressora 3D dando total liberdade de personalização, e o software também fica facilitado recorrendo-se a bibliotecas que facilitam o uso do ESP32 como controlador HID multifuncional, tornando este Air Mouse compatível com PCs, smartphones, e todos os demais dispositivos que aceitem ratos standard.


Embora neste caso se tenha usado o giroscópio para controlo da posição do "rato", nada impede que façam as devidas alterações para permitir o controlo do ponteiro do rato usando diferentes métodos de controlo. Se desejarem até podiam usar botões para fazer o ajuste do ponteiro do rato ao estilo "cima, baixo, esquerda, direita", com diferentes graus de precisão (saltos grandes, saltos pequenos, ajuste pixel a pixel).

Para quem sente o fascínio de ver as coisas microscópicas, eis o exponente máximo actual: os microscópios electrónicos que permitem ver os próprios átomos.

É bastante natural que, a certa altura, se tenha ficado intrigado com o mundo microscópico, e se tenha sentido o desejo de saber como as coisas são se se pudesse espreitar esses detalhes cada vez mais diminutos. Mas, inevitavelmente, depressa se chega ao limite das capacidades dos microscópicos ópticos.

Para ir mais além é necessário um tipo de microscópios completamente diferente, e o vídeo que se segue conta-nos a aventura que levou à criação daqueles que, actualmente, são os microscópios que nos possibilitam ver os próprios átomos, com uma resolução e qualidade muito superior à que se pensava ser possível. Pelo meio, até descobrimos como isto foi possível com tecnologia idêntica à que era utilizada nos velhos tubos de raios catódicos (CRTs) que serviam de televisores e monitors na era pré LCDs e OLEDs.


Claro que, para os curiosos, o desafio não termina por aqui. Apenas abre o apetite para ver o que se passa dentro dos próprios átomos, e depois dentro das partículas subatómicas, e depois dentro delas. Mas aí já estamos a falar de coisas que se mudam do aspecto dos "microscópios" para ferramentas imensas como o LHC. :)

A Bybit, uma das principais exchanges de criptomoedas, revelou ter sido alvo de um roubo $1.46 mil milhões de dólares em Ethereum (ETH) de uma das suas cold wallets - por hackers que se pensam ser da Coreia do Norte.

O ataque ocorreu durante uma transferência da cold wallet para a warm wallet da empresa, explorando uma vulnerabilidade sofisticada que manipulou a interface de assinatura. O hacker conseguiu exibir um endereço legítimo enquanto alterava a lógica subjacente do smart contract, assumindo assim o controlo total da carteira.

Apesar da perda, a Bybit garantiu que todas as outras cold wallets permanecem seguras e que os fundos dos clientes não foram afectados, com o seu CEO Ben Zhou a assegurar que a empresa continua com liquidez e que o fundos dos utilizadores estão garantidos. A equipa de segurança da Bybit, com o apoio de especialistas externos, está a investigar o ataque e apelou à comunidade para ajudar a rastrear os fundos roubados - havendo quem já tenha feito a ligação aos grupos de hackers norte-coreanos. Este torna-se o maior roubo de criptomoeda da história, quase duplicando o recorde anterior. Em 2022, hackers roubaram $620 milhões, num ataque posteriormente atribuído aos grupos norte-coreanos Lazarus e BlueNorOff. Se também este ataque se vier a confirmar ter tido a mesma origem, faz com que, num só dia, a Coreia do Norte tenha conseguido roubar praticamente o dobro de toda a criptomoeda que roubou durante todo o ano de 2024.

Os investigadores têm seguido as movimentações das criptomoedas roubadas, que já começaram a ser divididas por 48 endereços diferentes, e que certamente continuarão a estar sob monitorização atenta para ver qual será o seu destino.

Este curioso relógio tira partido da difracção da luz para criar os números a partir de um vidro sem qualquer elemento visível.

A luz tem particularidades curiosas (basta relembrar a experiência das duas fendas), mas mesmo para quem não quiser mergulhar no mundo da física, será difícil ficar indiferente a este curioso e original relógio difrigente.

Tirando partido de pequenas alterações na espessura de um vidro, praticamente imperceptíveis a olho nu, mas que provocam interferências que podem gerar todo o tipo de imagens luminosas complexas. Neste caso, é usado esse princípio para fazer com que, de um vidro aparentemente normal, sejam projectados os números de um relógio.


Além de ser adequado para todos os que se interesssam por relógios incomuns, arrisco-me a dizer que também poderia tornar-se num projecto interessante para apresentar como um trabalho de física na escola. No mínimo, poderia servir como um interessante elemento de demonstração para uma aula em que se falasse sobre o comportamento da luz.

A Apple confirmou que a expansão do Apple Intelligence à UE e a mais línguas, em Abril, só vai incluir português do Brasil.

Depois das suspeitas, eis que temos finalmente a confirmação. A Apple anunciou a expansão das funcionalidades Apple Intelligence à UE e a mais línguas, com o lançamento do iOS 18.4, iPadOS 18.4, e macOS Sequoia 15.4, em Abril. Mas embora isso signifique que se irá ter Apple Intelligence em francês, alemão, italiano, e espanhol, o suporte para português continuará a estar limitado ao português do Brasil.
Considerando que qualquer um dos modelos AI mais recentes, do ChatGPT ao Gemini, passando por modelos como o DeepSeek, Grok, e muitros outros, não tem qualquer dificuldade em lidar com português de Portugal, torna-se um pouco estranho que a Apple continue a ignorá-lo - e nem sequer se pode dizer que seja por ser pouca população, uma vez que se deu ao trabalho de até suportar variantes de inglês localizado para Singapura, que tem metade da população de Portugal.

Esperemos que as coisas possam mudar até ao lançamento da futura Siri AI (algo que ainda pode estar a mais de um ano de distância), até lá, as outras empresas agradecerão que a Apple não disponibilize "AI" em português, fazendo com que os utilizadores continuem a recorrer aos seus assistentes AI, como ChatGPT, Gemini, Grok, etc. ou então, a ter que manter a interacção com os seus iPhones em inglês ou em brasileiro.

A Formula 1 pode recuar nos componentes eléctricos e recuperar os motores V10, usando os combustíveis sustentáveis como justificação.

Espelhando o refrear das ambições de transição para automóveis eléctricos de várias marcas, também na Formula 1 se parece assistir a um retrocesso nesse processo. Em vez dos mais complexos sistemas híbridos, há quem esteja receptivo a recuperar as motorizações puramente a combustão, incluindo os mais sonoros motores V10 de outras eras.

Apesar das preocupações ambientais, a justificação para tal é dada pelo uso de combustíveis sustentáveis. Assim sendo, com a componente ambiental eliminada, torna-se irrelevante se o automóvel usa motorização eléctrica (híbrida) ou puramente a combustão. E há muitos fãs que preferem manter estas máquinas com as motorizações antigas do que considerar a aproximação a uma Formula E totalmente eléctrica.

No final, tudo irá ser ditado pelos regulamentos e restrições. Já está mais que demonstrado como as motorizações eléctricas são em tudo mais eficientes, e mecanicamente mais simples e robustas. Por outro lado, o peso das baterias é um factor que não se pode descurar. Se houver liberdade suficiente, cada marca ficaria livre de optar entre sistemas puramente a combustão, ou híbridos, ou - eventualmente - 100% eléctricos; e aí sim, poderíamos ver os diferentes sistemas a lutar lado a lado, cada um com as suas vantagens e desvantagens, e que vencesse o melhor.

A BMW lidera a tabela das marcas de automóveis mais envolvidas em acidentes em Portugal, mas a Porsche é a que se revela mais dispendiosa de reparar.

Basta perder a atenção ao volante por instantes para provocar um acidente de viação. Um automóvel danificado não só desvaloriza, como também pode comprometer a segurança do condutor e dos passageiros. No entanto, alguns veículos são mais propensos a acidentes do que outros. Um estudo anual elaborado pela empresa de dados automóveis, carVertical, revelou as marcas que mais vezes se envolveram em acidentes em Portugal.

Modelos de luxo potentes estão entre os mais frequentemente danificados

Todos os anos, os condutores portugueses verificam o histórico de milhares de automóveis – estes dados permitem obter uma visão detalhada do mercado de automóveis usados no país.

Entre todos os veículos verificados em 2024, os modelos BMW apresentaram a taxa mais elevada de danos– 84,6% dos veículos da marca registavam histórico de danos. Imediatamente a seguir à BMW estão as marcas MINI (81,3%), Porsche (72,4%), Volkswagen (57,9%) e SEAT (54%). Os condutores interessados nestas marcas devem ser particularmente cautelosos e informar-se junto do vendedor sobre eventuais danos e reparações ocorridos no passado. Se não forem minuciosamente inspecionados, estes modelos podem tornar-se uma dor de cabeça para os seus novos proprietários.

Os registos históricos de danos podem reduzir o valor residual de um automóvel, o que dificulta a sua revenda mais tarde. Reparações baratas ou mal feitas podem levar a custos de manutenção mais elevados a longo prazo. Além disso, se o veículo tiver sofrido danos estruturais ou se os airbags tiverem sido acionados, a segurança do veículo pode estar comprometida.

Os automóveis citadinos pequenos são os que menos se envolvem em acidentes em Portugal, com marcas como a Toyota (14,6%), a Opel (17,0%) e a Mazda (19,9%) a apresentarem as taxas mais baixas de registo de danos.

Danos num automóvel de luxo podem ultrapassar os 12.000 €

O custo de reparação de um veículo danificado varia bastante consoante a marca. Os automóveis da classe económica são mais baratos de reparar, pelo que o prejuízo é naturalmente menor. Por outro lado, até um pequeno acidente que envolva um automóvel de luxo pode levar a despesas de reparação na ordem dos milhares de euros.
Em Portugal, o prejuízo médio dos veículos Porsche foi de 12.135 € - trata-se do valor mais elevado de todas as marcas analisadas, sendo mais do dobro da marca seguinte. A Porsche foi seguida pela BMW (5.442 €) e pela Jaguar (5.256 €). De acordo com a pesquisa, os modelos da Porsche tinham, em média, 1,9 registos de danos, os da BMW, 2, e os da Jaguar, 1,6. A Opel (2.073 €), a Alfa Romeo (2.338 €) e a SEAT (2.545 €) registaram os prejuízos médios mais baixos do estudo.

Tendências de veículos danificados em Portugal são semelhantes às de outros países

Se considerarmos os dados combinados de todos os países do estudo, a BMW foi a marca com mais registos de danos (66,7%), seguida da Hyundai (62,1%) e da Subaru (59,5%).

A BMW também está no topo da lista dos automóveis mais danificados do ano passado (67,4%), a par da Dodge (67,2%) e da Tesla (65,2%).

Tanto em Portugal como nos outros países abrangidos pelo estudo, os carros potentes são os que sofrem mais danos, o que sugere que alguns condutores podem sobrestimar as suas capacidades e carregar demasiado no acelerador.

[Pela Estrada Fora]

Espanha vai proibir telefonemas e SMS de números falsos, para combater as fraudes.

A partir de Junho deste ano, os operadores de telecomunicações em Espanha terão que bloquear telefonemas e SMS com origem em números inexistentes, tendo que pertencer a um número activo e atribuído por um dos operadores. A medida visar dificultar a praga crescente dos telefonemas de spam e mensagens de phishing com surgem identificadas como sendo de outras pessoas ou entidades.

Adicionalmente, também todos os telefonemas e SMS vindos de outro país e que se tentem fazer passar por um número de telefone espanhol, serão automaticamente bloqueados - com excepção para os números espanhóis em roaming.
É o tipo de medida que há muito já deveria ter sido exigido em todo o espaço europeu, não havendo qualquer desculpa para que os operadores de telecomunicações continuam a permitir que estas chamadas e SMS fradulentos cheguem até nós.

Ainda recentemente passei precisamente por esta situação, com uma mensagem de phishing "falsa", que se fazia passar pela DHL, e que o telefone alegremente agrupou como fazendo parte das mensagens legítimas que já tinha recebido da DHL. E o mesmo pode acontecer com qualquer outro número ou entidade. Aliás, há pessoas que são surpreendidas com telefonemas de pessoas que lhes ligam de volta, a insultar, por terem recebido spam ou phishing do seu "número", quando na realidade isso foi feito por um serviço de spam que simplesmente falsifica o número de envio.

Se a UE não quer meter ordem nisto de forma global, esperemos que por cá se siga o exemplo de Espanha e se avance com o mesmo tipo de medida - em tempo útil.

A Microsoft diz ter dado um passo de gigante na computação quântica com o seu novo chip Majorana 1.

Como resultado de 17 anos de investigação, a Microsoft anunciou um avanço significativo na computação quântica com o lançamento do chip Majorana 1. Ao contrário dos processadores quânticos tradicionais, este novo chip assenta numa arquitectura inovadora que promete tornar os qubits mais estáveis e fiáveis, usando a partícula "Majorana", e que possibilita criar um chip compacto com um milhão de qubits - no entanto, e regressando à realidade, este primeiro chip tem apenas oito topological qubits, ficando praticamente a um milhão de qubits de distância desse objectivo.

A computação quântica é vista como sendo revolucionária, mas os seus impactos práticos têm demorado a surgir. Pelo meio, também vão surgindo estudos que atenuam os seus potenciais avanços, dizendo que é possível replicar o mesmo tipo de processamento de forma eficiente e rápida usando computação convencional.


Computadores quânticos com milhões de qubits poderão transformar indústrias inteiras, abrindo portas a avanços na medicina, na ciência dos materiais e na modelação climática. No entanto, será preciso passar das promessas às demonstrações reais, com aplicações concretas em áreas em que os chips quânticos demonstrem a sua validade em tarefas "impossíveis" para os chips tradicionais.

Tesla Model Y mais barato já disponível em Portugal; Gemini gratuito ganha análise de documentos; Mastercard prepara fim do número nos cartões bancários; YouTube prepara regresso do YouTube Premium Lite; Figure mostra robots humanóides "funcionais" com Helix AI; e Amazon encerra Appstore para Android em Agosto.

Antes de passarmos às notícias, não deixes de participar no nosso habitual passatempo semanal, que desta vez te pode valer um hub USB 3.0 Anker 4-portas.

Musk quer ISS desactivada quanto antes

Apesar de ser um grande apoiante da exploração espacial, Elon Musk quer que se retire a Estação Espacial Internacional de órbita "o mais cedo possível" - recomendado que isso seja feito em 2027.

Apesar da ISS estar a acusar o peso da idade, tem conseguido obter prolongamentos que, neste momento, prevêem que se mantenha em funcionamento até 2030. De qualquer forma, está também prevista a sua desactivação, com a SpaceX de Elon Musk a ter sido seleccionada para criar uma cápsula adaptada para efectuar o processo de desaceleração e reentrada na atmosfera, causando a desintegração da estação. Musk acha que a ISS não faz sentido e que os EUA se devem focar em Marte. A ideia é que o trabalho actualmente feito na ISS poderá ser feito por estações espaciais privadas, mas ainda não é certo que se consigam ter estações privadas funcionais, a um nível que se aproxime do que é possível fazer na ISS, nos próximos anos.

Gboard prepara verificação gramatical para mais línguas

A Google está a preparar-se para expandir a capacidade de verificação gramatical do teclado Gboard nos Pixel a mais línguas.

Actualmente o "proofreading" está disponível apenas em inglês, mas referências na app indicam que está a ser preparado o suporte para línguas adicionais, incluindo o alemão, espanhol, francês, italiano, japonês, e coreano (estranhamente, não há referência ao português). Por mim, já ficaria satisfeito se o auto-correct fosse revisto e melhorado, pois - pelo menos no modo multilingua português/inglês - as sugestões e auto-correcções têm sido cada vez mais idiotas, por vezes passando mais tempo a corrigir as correcções indesejadas do que a escrever.

Amazon encerra Chime

A Amazon está em limpezas de inicio de ano e, depois de ter anunciado o fim da sua Appstore para Android, revela que também irá encerrar o serviço Chime.

Se não fazem ideia do que é o serviço Chime, não estão sozinhos. O Chime era um serviço de videoconferência, estilo Zoom e Google Meet, que foi lançado em 2017 mas que nunca conseguiu conquistar utilizadores, acabando por ser usado quase exclusivamente pela própria Amazon. Agora, a Amazon diz que as ferramentas colaborativas disponibilizadas pelos seus parceiros são de boa qualidade, e que preferirá utilizá-las do que manter o seu próprio serviço.

Nothing critica iPhone após comparação com câmara errada

A Nothing sofreu novo deslize, após ter criticado a qualidade de estabilização das câmaras do iPhone numa comparação entre o seu próximo Phone (3a) e um iPhone 16 Pro Max. O problema: a Nothing fez a comparação usando a câmara ultrawide do iPhone, que tem qualidade inferior à da câmara principal.
A empresa de Carl Pei já veio pedir desculpa, dizendo que se tratou de um lapso acidental, decorrente de uma série de testes feitos ao longo do dia e onde por distracção se terá deixado ficar o iPhone com a câmara errada seleccionada. De qualquer forma, não deixa de se poder considerar que tenha sido uma daquelas manobras em que "toda a publicidade é boa publicidade", e que "mais vale pedir desculpa depois do que permissão antes".

Curtas do dia

• Fitbit enfrenta problemas de bateria nos Versa 3 e Sense
• Apple cede ao Reino Unido e remove encriptação end-to-end da iCloud
• Bug no Android Auto está a causar reboot dos smartphones
• Downloads do Rednote caem 91% após regresso do TikTok à App Store e Play Store nos EUA

Resumo da madrugada

• Produtos da Semana
• Headphones Sony WH-1000XM5 a €315
• Gemini gratuito ganha análise de documentos
• Promoção CdkeySales com Windows 11 Pro a €18
• Amazon encerra Appstore para Android em Agosto
• YouTube prepara regresso do YouTube Premium Lite
• Polestar com chave digital em iPhones e Apple Watch
• Tesla Model Y mais barato já disponível em Portugal
• Mastercard prepara fim do número nos cartões bancários
• Figure revela robots humanóides "funcionais" com Helix AI

Curiosidade do dia: Embora se continue a considerar as "fuel cell" como uma peça de alta-tecnologia, a sua invenção remonta a 1838. No entanto, foi necessário esperar quase uma década para que começassem a ter uma utilização comercial, após Francis Thomas Bacon ter inventado a mais popular fuel cell de hidrogénio-oxigénio em 1932.