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Foi descoberto um novo ransomware - HybridPetya - que consegue ultrapassar o UEFI Secure Boot.

Um novo ransomware chamado HybridPetya foi descoberto pela ESET e está a levantar preocupações. Inspirado nos ataques devastadores do Petya/NotPetya de 2016 e 2017, este malware consegue instalar-se directamente na EFI System Partition e ultrapassar a proteção do UEFI Secure Boot.

Segundo a ESET, o ransomware tira partido da vulnerabilidade CVE-2024-7344 - já corrigida pela Microsoft em Janeiro de 2025 - que permitia a execução de bootkits mesmo com o Secure Boot activo. Apesar de ainda não ter sido visto em ataques reais, a descoberta mostra que esta técnica é viável e pode ser usada em campanhas futuras contra sistemas Windows desactualizados.
O HybridPetya segue a lógica dos ataques anteriores, exibindo mensagens falsas de CHKDSK, causando reinícios forçados e encriptando os dados através do algoritmo Salsa20. No final, apresenta uma nota de resgate que exige $1.000 em Bitcoin para que as vítimas possam recuperar os seus dados.

A boa notícia é que quem mantém o Windows actualizado com os patches de segurança mais recentes (apesar dos muitos bugs a que isso possa sujeitar) já está protegido desta ameaça. Como sempre, é também crítico manter backups para acautelar contra estas, e outras (avarias, roubos, etc.) eventualidades.

As escadas rolantes são uma maravilha da engenharia a que poucos dão valor - até que algo corra mal, como em Roma em 2018.

Numa altura em que Portugal atravessa uma tragédia por causa do elevador da Glória em Lisboa, temos mais uma excelente análise a um incidente com o qual pode partilhar algumas coisas. Neste caso, o incidente que a 23 de Outubro de 2018, em Roma, fez com que uma escada rolante falhasse, atirando dezenas de pessoas para uma queda acelerada, algumas delas ficando gravemente feridas.

Numa visita às origens das escadas rolantes, que começaram por ser meros tapetes rolantes bastante desconfortáveis, ficamos a saber as inovações e melhorias que foram sendo feitas ao longo das décadas - e com a curiosidade de que as escadas rolantes acabam por ser extremamente eficientes do ponto de vista energético, pois as escadas que descem são usadas para gerar energia. Ficamos também a conhecer que as escadas rolantes contam com múltiplos sistemas de segurança, concebidos para lidar com todas as eventualidades. Ou, melhor dizendo, quase todas: no caso do acidente de Roma ficou concluído que o problema não esteve numa falha dos sistemas de segurança, mas sim numa falha grotesca da manutenção, que tinha desactivado deliberadamente alguns desses sistemas de segurança.


Como em todos os casos, resta esperar que estes incidentes sirvam para educar e aprender, de modo a que não se repitam - o mesmo que se espera que aconteça com o caso do ascensor da Glória.

A Baseus lançou uma dash cam solar para automóveis, que promete autonomia prolongada mesmo com o carro estacionado por longos períodos.

A Baseus, marca provavelmente mais associada aos powerbanks, lançou uma dash cam solar pensada para vigiar o carro mesmo quando está estacionado. A PrimeTrip VD1 Pro combina uma bateria recarregável com um pequeno painel solar, permitindo gravar incidentes detectados por movimento ou impacto durante até 14 dias, sem necessidade de gastar a bateria do veículo.

O sistema conta com uma câmara frontal 4K com lente grande angular de 170° e uma câmara traseira 1080p com campo de visão de 120°. Enquanto conduz, a unidade principal recebe energia do carro para gravar continuamente, e os vídeos podem ser revistos no ecrã LCD integrado ou transferidos para a app da Baseus via WiFi.
Durante o estacionamento, a dash cam regista automaticamente clipes de 30 segundos das duas câmaras sempre que é detectado movimento ou impacto, armazenando até 20 incidentes (40 clipes) no cartão microSD de 32GB incluído. O painel solar não consegue manter a câmara carregada indefinidamente, mas prolonga a autonomia em standby até duas semanas - obviamente, desde que esteja num local com exposição à luz do sol (invalidando o seu uso garagens ou parques subterrâneos).

Ainda assim, considerando a quantidade de carros que ficam "ao sol" o dia todo, não deixa de ser uma excelente idea, sendo de esperar que mais modelos de dash cams comecem a usar a mesma técnica no futuro.

A Google revelou o VaultGemma, um modelo AI LLM compacto de 1B, com foco na privacidade.

A Google apresentou o VaultGemma, um novo modelo de linguagem com mil milhões de parâmetros, concebido com a privacidade como prioridade. Ao contrário da maioria dos modelos de grande escala, que correm o risco de memorizar e expor dados de treino, o VaultGemma foi treinado de raiz com privacidade diferencial ("differential privacy"), garantindo matematicamente a protecção contra fugas de informação.

O modelo faz parte da família Gemma e foi desenvolvido com DP-SGD (stochastic gradient descent com privacidade diferencial). Suporta janelas de contexto até 1.024 tokens e tem pesos abertos disponíveis no Hugging Face. Segundo a Google, o VaultGemma apresenta um desempenho semelhante ao de modelos não-privados lançados por volta de 2020, estabelecendo uma referência para aquilo que a inteligência artificial "privacy-first" consegue alcançar hoje. Com a privacidade diferencial, os dados de treino são complementados com "ruído" que não afecta os resultados mas que impede qualquer tentativa de recuperar os dados de treino originais.
Em paralelo, a Google e a DeepMind apresentaram as primeiras leis de escalonamento para LLMs com privacidade diferencial, que mostram como as restrições de privacidade alteram o equilíbrio entre computação, dados e desempenho. Este trabalho ajuda investigadores e empresas a planear de forma mais eficiente o treino de modelos privados dentro de orçamentos de privacidade definidos.

O VaultGemma está pensado para sectores sensíveis como saúde, finanças e serviços jurídicos, onde a confiança e a confidencialidade são cruciais. Apesar de por agora ficar atrás dos modelos mais avançados, a Google afirma que esta abordagem demonstra a viabilidade de se combinar funcionalidades AI com garantias de privacidade, preparando o caminho para futuras melhorias.

Antecipando-se à Xiaomi, a Huawei apresentou a sua marca de carros eléctricos Aito na Europa.

A Huawei apresentou oficialmente os seus carros eléctricos Aito na Europa, estreando três modelos SUV no salão IAA Mobility 2025, em Munique. A gama inclui o M5, M8 e M9, todos com tecnologia avançada, motorizações flexíveis e preços que prometem agitar o mercado europeu de eléctricos.
A Aito resulta de uma parceria entre a Huawei e a fabricante estatal chinesa Seres. A Seres trata da produção, enquanto a Huawei fornece a componente tecnológica, com sistemas de infotainment baseados no HarmonyOS, funcionalidades de condução assistida, sensores e motores eléctricos. Na China, os veículos são vendidos através da rede de lojas da Huawei, lado a lado com smartphones e portáteis.
A oferta começa com o M5, um SUV de tamanho médio disponível em versões 100% eléctricas e EREV (com extensor de autonomia), com preço a começar nos 27 mil euros (na China). O maior M8 oferece configuração de cinco ou seis lugares, um painel de instrumentos com três ecrãs e autonomia até 705 km, com preço a começar nos 43 mil euros (na China). No topo da gama está o M9, o modelo mais luxuoso, com um design distinto, quatro unidades LiDAR e tração integral de dois motores que supera os 520 cv (com preço a começar nos 56 mil euros, na China). Com mais de 70 mil unidades vendidas nos primeiros sete meses de 2025 na China, a Aito já provou ter forte procura. Agora, com a estreia europeia, a Huawei posiciona-se como um concorrente sério no competitivo mercado de veículos eléctricos, e as reacções em Munique mostram que os fabricantes tradicionais têm razões para estar atentos (leia-se: preocupados).

A SpaceX atingiu o impressionante marco dos 300 lançamentos de satélites Starlink.

Atingindo algo que há poucas décadas seria considerado ficção científica, a SpaceX fez o lançamento da sua 300ª missão Starlink. Um Falcon 9 descolou da Base da Força Espacial de Vandenberg, na Califórnia, a 13 de Setembro, levando para órbita mais 24 satélites da rede de internet.

Cerca de oito minutos e meio após a descolagem, o primeiro estágio do Falcon 9 aterrou em segurança no drone ship Of Course I Still Love You, no Pacífico. Foi o 28º voo e aterragem do propulsor B1071, ficando agora a apenas duas missões do actual recorde de reutilização da empresa.

Falcon 9 lifts off from pad 4E in California and completes our 300th @Starlink mission pic.twitter.com/uEkpc0hPwG

— SpaceX (@SpaceX) September 13, 2025

A segunda etapa do foguetão colocou os 24 satélites em órbita terrestre baixa (LEO) cerca de uma hora depois do lançamento. Estes juntam-se aos mais de 8.300 satélites Starlink, consolidando a maior constelação de satélites alguma vez criada (tantos que até já começam a aparecer em fotos de observação terrestre).

Este foi também o 115º lançamento de um Falcon 9 em 2025, com mais de 70% das missões dedicadas à expansão da rede Starlink. O ritmo demonstra como a megaconstelação se tornou central na agenda de lançamentos da SpaceX, com o efeito secundário de se ter tornado tão rotineira que já olhamos para estes lançamentos como sendo apenas "mais um".

Um satélite de observação apanhou a passagem de um satélite Starlink ao captar imagens de uma base militar chinesa.

Uma rara coincidência orbital apanhou um dos satélites Starlink da SpaceX a sobrevoar directamente a base aérea de Dingxin, na China. O momento foi captado a 21 de Agosto por um satélite de observação da Terra WorldView Legion, da Maxar, resultando numa imagem invulgar.

A fotografia mostra caças alinhados na pista da base, atravessados por um brilho estranho e colorido. Esse traço era o satélite Starlink número 33828, cuja passagem a alta velocidade criou "fantasmas" multicoloridos sobre a paisagem árida. O efeito "artístico" resulta da captação de várias exposições em diferentes espectros e posterior fusão dessas imagens, enquanto ambos os satélites se moviam a velocidades elevadas. Embora este tipo de acontecimentos seja extremamente raro, acaba por ser um reflexo do número crescente de satélites em órbita terrestre, e demonstra que todos estes satélites não só interferem com as observações do universo feitas pelos telescópios terrestres, como também - como demonstrado - podem interferir com as observações terrestres a partir do espaço.

Este episódio lembra os desafios colocados por megaconstelações como a Starlink, que já ultrapassa os 8.300 satélites; havendo várias outras, de outras empresas e estados, que prometem multiplicar ainda mais o número de satélites em órbita nos próximos anos.

O PM da Albânia, Edi Rama, revelou a primeira ministra virtual AI que irá integrar o seu governo, chamada Diella.

A Albânia surpreendeu ao nomear Diella, uma ministra "AI", para gerir os concursos públicos do país. Segundo o primeiro-ministro, a nova responsável será imune a subornos, ameaças ou favoritismos, garantindo que os contratos governamentais com empresas privadas sejam 100% livres de corrupção.

A medida chega num contexto em que os concursos públicos têm estado no centro de escândalos de corrupção, num país frequentemente apontado como ponto estratégico para redes de tráfico e branqueamento de capitais. Rama, que inicia o seu quarto mandato, diz que a nova ministra ajudará a limpar a imagem da Albânia, um passo que considera essencial para a sua ambição de entrada na União Europeia até 2030. Diella não é uma completa novidade: já existia desde o início do ano como assistente virtual na plataforma e-Albania, ajudando cidadãos e empresas a obter documentos oficiais de forma rápida, combatendo a burocracia. Agora, assume um papel ainda mais central, apresentado pelo governo como um marco histórico, sendo a "primeira ministra AI do mundo".

Apesar do entusiasmo oficial, persistem dúvidas sobre o verdadeiro impacto da iniciativa. O governo não esclareceu até que ponto haverá supervisão humana sobre as decisões da AI, nem como pretende evitar manipulações. Nas redes sociais, o cepticismo também é evidente, havendo quem diga que a corrupção irá continuar, mas que agora vão poder atirar as culpas para a ministra virtual sem haver culpados reais.

Bem, parece que as empresas na Albânia irão começar a contratar "jailbreakers" AI, para adicionarem aos cadernos de encargos alguns prompts que assegurem que a sua proposta é escolhida pela ministra AI!

O Google Home ganha maior versatilidade na criação de automações para a casa.

Depois de uma fase de testes, a Google está finalmente a lançar o renovado editor de automações do Google Home em Android e iOS. O objectivo é dar mais poder e flexibilidade aos utilizadores, permitindo criar rotinas domésticas com condições adicionais e maior personalização.

Entre as novidades está a possibilidade de criar automações mais contextuais, como por exemplo as luzes ajustarem-se automaticamente consoante a hora do dia e se alguém está em casa. Também passam a ser possíveis automações únicas, com a opção de se auto-eliminarem após concluídas. Outras funções incluem notificações direccionadas a membros específicos da casa, execução em horários e dias específicos, e rotinas baseadas em presença (alguém em casa, todos ausentes).
Apesar das melhorias, a Google avisa que algumas funcionalidades ainda não estão disponíveis no novo editor, como o controlo de termostatos, activação/desactivação de câmaras, ou efeitos e cores de luz. Sensores de movimento já são suportados, mas sensores de portas/janelas e detecção de movimento por câmaras só chegarão mais tarde. Durante esta transição, será possível alternar para o editor antigo nas opções do menu, garantindo compatibilidade com automações já criadas.

Esta actualização está a ser lançada de forma faseada e deverá chegar a todos os utilizadores ao longo das próximas semanas, reforçando o uso o Google Home como uma plataforma cada vez mais versátil para utilizadores que não se queiram aventurar em soluções como o Home Assistant.

A Xiaomi revelou um curioso e-reader compacto, com Android e 512GB de armazenamento, na China: o Moaan InkPalm Mini Plus 2.

A Xiaomi anunciou na China o novo Moaan InkPalm Mini Plus 2, um e-reader de bolso que surpreende pelas especificações fora do comum para este segmento. O lançamento oficial acontece a 22 de Setembro, com preço de ¥1.399 (cerca de €170), havendo um desconto inicial que o baixa para ¥1.299 (€155).

O dispositivo aposta num formato ultracompacto, com ecrã e-ink de 5.84" com iluminação frontal ajustável (tons quentes e frios) e um peso de apenas 140 gramas com 6.9 mm de espessura. Por dentro, traz um processador Rockchip RK3566, 6GB de RAM e 512GB de armazenamento, algo invulgar para este segmento de e-readers.
Outro destaque é o facto de correr Android 14, o que abre a porta à instalação de várias apps e dá mais liberdade em comparação a ecossistemas fechados (como o Kindle da Amazon). Esta flexibilidade poderá atrair leitores que querem mais do que um e-reader "limitado" à leitura de ebooks.

Por enquanto, o Moaan InkPalm Mini Plus 2 ficará limitado ao mercado chinês, sem planos de lançamento internacional. Ainda assim, esperemos que gere suficiente interesse a nível internacional para fazer a Xiaomi reconsiderar essa posição, passando a disponibilizá-lo globalmente.

Os condutores Tesla vão poder usar a sua conta para pagar carregamentos noutros postos.

A Tesla estreou na Europa uma nova funcionalidade chamada MultiPass, que permite pagar carregamentos em postos de terceiros directamente com a conta Tesla. A estreia acontece nos Países Baixos, com planos de expansão para mais países e locais em breve.

O funcionamento é simples: basta encostar o Tesla Key Card no posto compatível e o carregamento é iniciado, sem necessidade de criar contas adicionais ou usar cartões de crédito. O valor é debitado no mesmo método de pagamento usado para as sessões de Supercharger. Os carregamentos feitos via MultiPass aparecem também no histórico da app Tesla, ao lado das sessões de Supercharger, centralizando toda a informação num único local.

Tesla's Charging MultiPass has already launched and is functional in the Netherlands!

Check it out below.pic.twitter.com/HQbAB7O56I

— Not a Tesla App (@NotATeslaApp) September 11, 2025

Para usar o sistema, os donos têm de activar manualmente o Key Card na app Tesla. O processo envolve encostar o cartão ao leitor NFC do smartphone para registá-lo como método de pagamento. A marca sugere que, no futuro, esta tecnologia possa até ser usada noutros contextos, como restaurantes ou serviços próprios da Tesla.

Com esta novidade, a Tesla continua a melhorar a experiência de carregamento fora da sua rede. Na Europa, a marca já integra carregadores de terceiros directamente na navegação do carro, desde que cumpram critérios de fiabilidade. Embora os Superchargers mantenham vantagens claras (a começar pelo preço), o MultiPass torna a experiência de utilização de outros postos bastante mais prática e fácil para os clientes Tesla.

Adicionar um botão físico rotativo que interage com um ecrã permite criar interfaces bastante interessantes e funcionais.

O projecto de hoje mostra como podemos criar um botão rotativo funcional que interage com um ecrã que lhe serve de base, replicando o efeito que era possível ter nos ecrãs Surface originais da Microsoft. Neste caso, este criador já tinha feito um projecto idêntico em que usava um botão posicionado fora do ecrã, mas agora traz-nos uma versão melhorada em que o botão fica centrado no ecrã - e não, a solução não passa por furar o ecrã para passar um botão.

Como não temos um ecrã com capacidade de ler o que está na sua superfície, recorremos à nossa força wireless invisível favorita: o magnetismo. O botão tem um pequeno ímane circular, cujo campo magnético é lido por um sensor colocado atrás do ecrã. Depois de uns pequenos problemas de interferência com o rolamento utilizado, foram feitos uns ajustes que resultam num botão que combina a funcionalidade visual com a manipulação física.


O projecto usa um Arduino Uno, sensor magnético, e um ecrã de 4" (480x480), com um custo total na casa dos 25 euros - o que faz com que se possa tornar numa solução bastante viável para situações onde seja desejável ter um controlo rotativo físico com feedback visual imediato.

Claro que nada nos impede de aproveitar a ideia e adaptar o projecto. Por exemplo, poderemos considerar utilizar um ecrã de maior dimensão e utilizar múltiplos botões num só ecrã, com a condicionante a ser a espessura do ecrã - que tem que ser reduzida para permitir a leitura do sensor magnético, e o uso de um microcontrolador ou ecrã que possa gerir a parte visual de múltiplos botões independentes.

Os europeus podem respirar de alívio com o chumbo do Chat Control na UE - mas que poderá regressar no futuro para nova tentativa.

O Chat Control é a proposta da UE para permitir a porta à monitorização de todas as comunicações dos europeus, exigindo que os serviços que disponibilizem encriptação disponibilizem formas das autoridades conseguirem ter acesso aos dados - desde logo derrotando por completo todo o propósito da encriptação E2E. Uma medida tão obscena e abusiva que fica ainda mais demonstrada pelo facto dos políticos quererem regime de excepção para si mesmos, para não serem abrangidos pelo sistema.

Felizmente, a Alemanha e Luxemburgo, que tinham posição neutra, acabaram por votar contra a medida, levando ao chumbo do Chat Control por agora.

The EU’s Chat Control proposal has been stopped, for now, thanks to opposition from Germany and Luxembourg.

But the fight isn’t over.

We’ve been opposing this dangerous attempt to weaken encryption since 2022, and the EU will likely try again.

— Proton (@ProtonPrivacy) September 12, 2025

We did it: DE 🇩🇪 LU🇱🇺 & SK🇸🇰 just decided to oppose Chat Control! 🥳

Thanks everyone for your help and keep fighting the good fight. 🫶

Chat Control will not get a majority - at least not today. pic.twitter.com/YI79PTMkM0

— Tuta (@TutaPrivacy) September 12, 2025

É bastante vergonhoso que Portugal faça parte do grupo de países a favor desta medida. Resta esperar que com esta pequena vitória, se ganhe mais tempo para explicar aos nossos políticos que este tipo de medidas em nada ajuda a suposta "segurança global", pois irá penalizar apenas os cidadãos comuns, deixando-os expostos a monitorização abusiva e às inevitáveis fugas de informação; já que os verdadeiros criminosos que teoricamente se pretenderia apanhar, se limitarão a usar outras ferramentas de comunicação mais obscuras que mantenham encriptação E2E que continuará a não poder ser espiada.

A Renault revelou a 6ª geração do popular Clio, com alterações de design a que ningém ficará indiferente.

Totalmente repensada, a sexta geração do Renault Clio destaca-se pelo estilo forte e inovador, já que adota a linguagem de design moderna e tecnológica da Renault. Todos os limites foram ultrapassados nesta nova geração, marcada pela tecnologia e precisão, com linhas muito esculpidas, sensuais e um visual muito assertivo.

O novo Renault Clio foi melhorado em todas as áreas, incluindo a gama de motorizações. Afirma-se, mais do que nunca, como o modelo mais económico da gama híbrida da Renault, complementando, na perfeição, a gama elétrica. Dispõe de uma nova motorização full hybrid E-Tech de 160 cv, mais potente e com uma eficiência de primeira linha. O novo Clio apresenta um nível recorde de emissões reduzidas de CO2 de 89 g/km e um consumo misto de apenas 3,9l/100 km. Pode reivindicar uma redução de até 40% no consumo e é capaz de rodar até 80% do tempo em modo elétrico na cidade e arredores. O novo Clio oferece uma gama complementar renovada de motorizações (gasolina e GPL a partir de 115 cv) que proporcionam melhor desempenho e eficiência.
No habitáculo, sobressai a apresentação, a qualidade, a escolha de materiais reciclados, o ecrã duplo OpenR em V, o sistema multimédia OpenR Link com Google integrado – uma novidade nesta categoria de veículos -, bem como os numerosos equipamentos tecnológicos e ajudas à condução, de última geração, que colocam o novo Clio na fronteira do segmento superior. O Clio dispõe de até 29 sistemas de assistência à condução (ADAS) de última geração.
O novo Renault Clio tem todos os argumentos para responder às necessidades dos clientes particulares, frotas e empresas, clientes fiéis de várias gerações, e aos novos clientes, que procuram um modelo compacto, versátil e dinâmico. O novo Renault Clio vai estar disponível para encomenda nos concessionários Renault no último trimestre de 2025.

[Pela Estrada Fora]

A Polestar revelou o Polestar 5, um Grand Tourer de quatro portas e alto desempenho, com preço a começar nos 122 mil euros.

Nascido do protótito Precept, apresentado em 2020 como uma declaração de intenções para a visão de futuro de design, tecnologia e sustentabilidade da marca, o Polestar 5 é essa visão de futuro concretizada em produção.

Design

Sendo fiel ao protótipo Precept a equipa de Design da Polestar conseguiu trazer este modelo para produção com alterações mínimas, criando um Grand Tourer arrojado com 5 metros de comprimento e uma superfície moderna e minimalista, sem enfeites desnecessários. A aviação foi a principal inspiração, evidenciada pela superfície esticada sobre um perfil aerodinâmico em forma de asa com uma cauda ao estilo Kamm.

Interior

No interior, este GT elétrico de elevada performance com configuração de 4+1 lugares foi concebido com igual atenção para o condutor e para os passageiros. Os bancos dianteiros, desenvolvidos em colaboração com a Recaro, combinam um ponto interior de anca especialmente baixo com um apoio lateral reforçado e o conforto sueco típico. Os bancos vêm revestidos, de série, em MicroTech Charcoal, com a opção de couro Nappa da Bridge of Weir em Charcoal ou em Zinc. Este couro, proveniente de subprodutos naturais da indústria alimentar, é livre de crómio e tem a garantia de bem-estar animal, acrescentando ainda ventilação e função de massagem ao aquecimento e aos ajustes elétricos também de série.

Tecnologia

Existe uma consola central, situada entre os bancos dianteiros, que incorpora um compartimento de armazenamento com fecho, com um comando de áudio giratório para controlar o ecr central de 14,5 polegadas. O display central executa um sistema operacional Android Automotive específico da Polestar com Google incorporado, que aproveita o melhor do Polestar 3 e do Polestar 4. Existem quatro blocos dinâmicos situado abaixo da seção do Google Maps que podem ser personalizados de acordo com a função escolhida pelo utilizador, e um bloco de atalho para personalizar até seis das funções mais utilizadas pelo condutor.

Polestar Performance Architecture

A base do Polestar 5 é uma nova plataforma de alumínio colado sob medida e curado a quente, que constitui a Polestar Performance Architecture (PPA). Ao utilizar extrusões, prensagens e fundições de alumínio de alta resistência, a estrutura é leve e rígida, conferindo ao Polestar 5 uma rigidez torsional superior à de um desportivo ou superdesportivo de dois lugares.

Motores

O Polestar 5 utiliza um motor elétrico traseiro desenvolvido internamente que contribui com até 450 kW e 660 Nm para a potência total de 650 kW e 1.015 Nm do Polestar 5 Performance. Isso permite que este modelo acelere de 0 a 100 km/h em apenas 3,2 segundos, enquanto o Polestar 5 Dual motor de 550 kW leva apenas 3,9 segundos para concluir o mesmo teste. Ambas as versões são limitadas eletronicamente a 250 km/h.

Já disponível para encomenda, o Polestar 5 Dual Motor (550 kW, 812 Nm) tem um preço de lançamento indicativo de EUR 122.600. O Polestar 5 Performance (650 kW, 1.015 Nm) está disponível com um preço de lançamento indicativo de EUR 146.400.

[Pela Estrada Fora]

A Apple lançou um novo carregador que se arrisca a gerar confusão, por indicar que é de 40W mas chegando aos 60W de pico.

A Apple já é bem conhecida por querer redefinir coisas existentes só "porque sim". A Apple não usa reconhecimento de impressões digitais, tem o "Touch ID", nem reconhecimento facial 3D, mas sim o seu "Face ID". Nem sequer o botão da câmara é um botão, mas sim o "Camera Control"; e o seu botão programável é o "Action Button". Nos ecrãs não temos um ecrã de 120 Hz, mas sim um ecrã "ProMotion".

Ora, agora as coisas complicam-se um pouco mais, pois não é apenas uma designação artística mas sim uma manobra com números concretos, no seu carregador "40W Dynamic Power Adapter with 60W Max".
Tradicionalmente, vemos os carregadores indicarem a potência máxima que suportam, e ponto final. Mas desta vez a Apple quis ser mais habilidosa, e lança um carregador que suporta 40W de carga contínua, mas que pode chegar aos 60W de pico durante períodos mais curtos.

A Apple diz que assim pode tirar o máximo partido dos sistemas de carregamento rápido que possam receber maior potência durante a fase inicial, mantendo o tamanho compacto de um carregador de 40W face a um carregador de 60W tradicional. Uma explicação que é legítima, mas que vem com um pequeno problema. Com a Apple a usar esta "artimanha", não será surpresa que muitos fabricantes copiem a táctica, sendo uma questão de tempo até comecem a chegar os inevitáveis exageros. Em breve arriscamos-nos a ver carregadores "dinâmicos" de 20W com pico anunciado de 120W que só pode ser mantido por poucos instantes; podendo levar à criação de novos sistemas complexos para tentar descrever o tempo que suportam de carregamento de pico - tudo isso algo que seria facilmente evitável se mantivessem as coisas como são: indicando a potência suportada de forma contínua!

De certa forma, a Apple poderá ser culpada por trazer para os carregadores o mesmo tipo de palhaçada que se assiste nas colunas de som, em que frequentemente vemos fabricantes a anunciar potências desmesuradas de pico face à dimensão dos altofalantes, e acabou por fazer valer a designação dos Watts "RMS" para se saber a potência real. Nos projectores de baixo custo também é frequente vermos anunciadas luminosidades disparatadas, fazendo com que só se deva acreditar nas especificações certificadas como os lumens ISO.

Durante a apresentação do iPhone 17, a Apple não fez qualquer referência às futuras capacidades AI nem à Siri.

Com o lançamento do iPhone 17 arrumado, podemos olhar para trás e ver aquilo que esteve em falta. Depois de no iPhone 17 ter sido feita grande aposta nas capacidades AI - com promessas do que estaria para vir - desta vez a Apple optou por algo completamente oposto, não fazendo qualquer referência às capacidades AI que estarão para vir. Um pormenor que revela que a Apple aprendeu a lição quanto a não exacerbar demasiado coisas inexistentes, mas que também deixa muitos fãs "desamparados" quanto ao que poderão esperar - ou não - para o futuro.

Afinal, houve muitos que terão comprado um iPhone 16 com a expectativa de que poderia vir a usufruir das prometidas capacidades AI, que acabaram por não chegar, e que agora estão apenas timidamente prometidas para eventualmente chegarem em 2026. Mas, dependendo de que fase de 2026 irão chegar, poderemos estar numa altura em que já se aproximará o lançamento do futuro iPhone 18, fazendo com que tanto o iPhone 16 como o iPhone 17 tenham sido modelos "falhados" sob a perspectiva das funcionalidades AI. Com o iOS 26 começaremos a ver sinais das mudanças, como a possibilidade de escolher a integração entre mais modelos AI e não apenas o ChatGPT da OpenAI. Dito isto, o que os utilizadores de iPhones realmente esperam é a chegada de uma Siri renovada que esteja minimamente à altura dos assistentes AI da actualidade, como o ChatGPT, Gemini, Grok e afins. Algo que, a avaliar pelo silêncio actual da Apple, só iremos ficar a conhecer quando estiver mesmo pronta para ser lançada (e, provavelmente, deixando a UE de fora).

It's so funny how Apple themselves don't use their Camera Control in the promo materials 😭💔 pic.twitter.com/f9LDpmbcv6

— Into Galaxy (@IntoGalaxyy) September 9, 2025

Como curiosidade adicional, o facto de apesar de grande parte do destaque nos iPhone 17 Pro ter ido para as câmaras, não ter sido feita qualquer referência ao "inovador" botão Camera Control - facto que até ficou comprovado nos próprios vídeos promocionais da Apple, onde ninguém lhe dá uso!

Para aqueles que procuram a máxima autonomia longe de uma tomada ou porta USB, este power bank de 65W da Baseus assegura que ficarão bem servidos.

Os powerbanks há muito que são companhia habitual de muitos utilizadores, permitindo uma utilização intensiva e despreocupada de smartphones e tablets, sabendo-se que a sua autonomia poderá ser prolongada assim que for necessário sem estar dependente da proximidade de uma tomada eléctrica ou carregador. E no caso deste powerbank Baseus não só temos uma capacidade generosa, como a possibilidade de carregamento rápido de alta potência.
Este Powerbank Baseus USB-C 65W 26800 mAh está disponível por 49.80 euros na Amazon Espanha - activar desconto de 30%.

Podem também espreitar a versão de 100W e a versão de 145W se necessitarem de maior potência.

Além de poder ser recarregado rapidamente a 60 W, o seu elemento de destaque é permitir o uso simultâneo de até cinco portas USB, com carregamentos rápidos de até 65 W (USB-C) e 30 W (USB-A). Isto permite a sua utilização para recarregar um portátil via USB-C e um smartphone (ou outro dispositivo) em simultâneo, expandindo as possibilidades de prolongamento da autonomia que normalmente se associam aos powerbanks.


Segue as melhores promoções do dia no nosso grupo AadM Promos.

O suporte Pixelsnap Ring Stand da Google começa a ter queixas após poucos dias de uso.

Com o lançamento da série Pixel 10, a Google apresentou também a nova linha de acessórios magnéticos Qi2 chamada Pixelsnap, onde o Ring Stand se destacou. No entanto, os primeiros utilizadores já estão a relatar problemas: os parafusos que seguram a estrutura soltam-se rapidamente, chegando mesmo a cair após poucos dias de utilização.

Vários utilizadores no Reddit (aqui e aqui) contam que o Ring Stand começou a ficar instável em menos de uma semana. Um deles referiu que os parafusos se soltaram após menos de 100 dobras, ficando presos entre a capa e o suporte e deixando riscos superficiais. Outro utilizador disse que, após apenas dois dias, o acessório já não conseguia aguentar o peso do telemóvel.
A falha parece estar nos dois pequenos parafusos junto à dobradiça, que deveriam manter a estabilidade e fricção necessárias. Mas, em vez disso, soltam-se com demasiada facilidade. Há quem sugira que usar uma chave (Torx T1 - que será pouco provável que a maioria das pessoas tenha) para os apertar, mas não se sabe até que ponto isso será uma solução duradoura ou se será preciso fazê-lo frequentemente.

A Google ainda não comentou oficialmente o problema, e até lá, quem procura um acessório do género para o Pixel 10 poderá querer aguardar até que a situação fique esclarecida ou considerar opções de terceiros.

A Suíça avança com medida polémica que pode significar o fim da privacidade online no país.

O governo da Suíça está a preparar uma regulamentação que pode obrigar serviços online com mais de 5.000 utilizadores a exigir documentos oficiais de identificação, reter dados de clientes durante seis meses, e limitar a encriptação. Especialistas alertam que estas medidas acabam com o anonimato digital e abrem portas à vigilância em massa, não só no país mas também para utilizadores no estrangeiro.

Durante anos, a Suíça foi vista como um refúgio para empresas de VPN e serviços de privacidade devido às suas leis. Mas a proposta já está a provocar saídas. A Proton, conhecida pelo seu email seguro e VPN, anunciou que vai transferir grande parte da sua infraestrutura para a União Europeia. O CEO Andy Yen comparou a iniciativa suíça às leis de vigilância da Rússia, dizendo que tal medida que seria ilegal tanto na UE como nos EUA. Do lado oposto, as autoridades helvéticas defendem que a medida é necessária para combater o cibercrime, o terrorismo e ataques organizados, garantindo que haverá salvaguardas contra abusos. No entanto, associações de direitos digitais alertam que a recolha de metadados - incluindo endereços IP e emails - é uma ameaça directa às liberdades civis, uma vez que as autoridades poderiam aceder a essa informação sem ordem judicial.

A contestação cresce rapidamente, com políticos, empresas e organizações a avisar que a proposta pode destruir a indústria de privacidade suíça e comprometer direitos fundamentais. Para jornalistas, activistas e minorias, o anonimato online é vital para a sua segurança. Apesar do governo prometer um processo de consulta pública antes da aprovação final, muitos temem que o futuro da liberdade digital na Suíça tem os dias contados.