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O arranque do serviço da DIGI em Portugal está a ser alvo de uma campanha de sabotagem com o corte de cabos.

Os tarifários da DIGI têm estado a fazer mexer o sector das comunicações em Portugal, com reacções nem sempre positivas, tendo já começado a fazer-se sentir a nível da redução de preços nas submarcas de vários operadores, como a Amigo e a Woo. Mas há algo que também se tem feito notar, e que revela um cenário bastante mais preocupante.

Têm sido muitos os relatos de verdadeiras campanhas de sabotagem contra a DIGI com o corte de cabos de fibra. Embora o corte de cabos não seja propriamente novidade, tendo já sido sentido no passado em fases de expansão da cobertura de fibra de alguns operadores para áreas já servidas por outros operadores, esses eram quase sempre casos pontuais e raros. Desta vez, a situação parece ser bastante mais generalizada, num nível "nunca antes visto" em Portugal.
Infelizmente, este tipo de casos será de investigação difícil, podendo facilmente ser descartado como sendo algo feito por "indvíduos" desconhecidos no terreno - mesmo que muitas vezes isso seja pouco provável, considerando-se que em muitos casos esse corte foi feito no topo de postes de distribuição, obrigando a usar escadas para lá chegar (e tendo o cuidado de apenas cortar a fibra da DIGI e não de outros operadores), e outras vezes em armários fechados e de acesso não muito fácil. Mas, mesmo assim, é uma situação que não se deve aceitar e que deverá ser reportada, investigada, e esclarecida, até às últimas consequências. Apesar de se tratarem de serviços de empresas privadas, fazem parte da infraestrutura de comunicações que hoje se torna num "bem essencial e indispensável".

Seria bom ver os operadores nacionais aproveitarem a chegada da DIGI para reverem a sua atitude e posição face aos consumidores portugueses, apostando numa política de aproximação e confiança, e não a reforçarem a ideia de "cartel maquiavélico" que continua a fazer esquemas de bastidores para prejudicar o operador concorrente que veio criar ondas no sector.

A Apple está a reforçar as suas ambições no sector das casas inteligentes, preparando um "HomePad" que funcionará como um mini iPad dedicado à domótica.

A Apple prepara-se para entrar no mercado de casas inteligentes com um novo ecrã com AI, que poderá sere revelado em Março de 2025. Este dispositivo "HomePad" contará com um ecrã quadrado de 6 polegadas, margens espessas, com câmara e microfone para chamadas FaceTime, altifalantes para reprodução de música, e uma bateria recarregável. Este novo hub pretende funcionar como um centro de comando para automação doméstica, dando à Apple uma posição privilegiada num sector em que se tem vindo a posicionar com o HomeKit e apoio ao Matter.

O hub da Apple terá uma interface touch que combina o modo StandBy do iPhone com o watchOS, mas será principalmente controlado por voz através das novas funcionalidades Apple Intelligence. Tirando partido das App Intents, um sistema da Siri para controlo de apps, permitirá acesso fácil a produtos de casa inteligente e aplicações como o Safari, Apple Music e Calendário — embora, pelo menos numa primeira fase, não deva ter direito a uma App Store dedicada (o que simplifica a vida da Apple evitando todas as potenciais exigências de abertura da UE). Os widgets personalizáveis mostrarão informações úteis, como previsões meteorológicas e facilitarão o acesso às funções mais frequentes, como controlo de cenas de luzes, alarme, etc.
A segurança será uma prioridade para este novo hub da Apple. Espera-se que ofereça alertas em tempo real e imagens de câmara ao vivo de câmaras domésticas conectadas - sendo que se espera que a Apple também lance uma câmara de vigilância própria. Com sensores internos, o dispositivo poderá detectar a proximidade dos utilizadores e ajustar o ecrã conforme necessário (ao estilo do que a Google também já faz nos seus smart displays) — por exemplo, mostrando a temperatura e passando para o controlo do termóstato quando alguém se aproxima. Pode ainda suportar sensores externos pela casa, e possibilitar videochamadas entre diferentes partes da casa (ou iPhones, iPads e Macs).

O hub virá fazer frente ao Echo Hub da Amazon e do Nest Hub Max da Google, e também é falado que poderá contar com uma versão robótica como modelo topo de gama, que pode ter capacidade de mover o ecrã (ou até deslocar-se fisicamente pela casa) e adoptar uma personalidade mais marcada tirando partido das capacidades AI que têm vindo a ser desenvolvidas para a próxima geração da Siri. Será a Apple a preparar-se para um eventual futuro de mordomos robóticos, se a Tesla (ou Unitree) efectivamente concretizarem as promessas de robots humanóides verdadeiramente funcionais a preço acessível?

A Woo passa a oferecer dados móveis ilimitados por €7 e pacote com fibra 1 Gbps desde €20.

Depois da Amigo da Vodafone, é a vez da Woo ajustar os tarifários face à chegada da DIGI a Portugal.

Para fazer face à Digi, e para adesões até ao final do ano, a Woo avança com tarifário móvel de €5 por 100 GB e 2500 min/SMS, ou €7 por dados ilimitados por 5000 min/SMS. Ter em conta que a Woo anuncia que "nunca se fica sem net", pelo que tecnicamente mesmo o plano de 100 GB permite dados "ilimitados", mas com velocidade reduzida a partir desse limite (ao contrário da DIGI, que refere claramente o limite de 200 GB nos seus "ilimitados", a Woo não apresenta esse limite no seu plano ilimitado).
Para quem só quiser internet, a Woo disponibiliza ligação por fibra de 500 Mbps por €12.50, ou 1 Gbps por €15, com período de fidelização de três meses. Se desejarem serviço de TV (60+ canais), temos pacote fibra 1 Gbps + TV por €25, fibra 1 Gbps + móvel 100 GB + TV por €30, e fibra 1 Gbps + móvel ilimitado + TV por €32. Tudo isto, preços promocionais até ao final do ano.

Resta saber se a Woo também fez ajustes nas zonas de cobertura para coincidirem apenas com as zonas já abrangidas pelo serviço de fibra da DIGI, ao estilo do que tem sido criticado para o Amigo da Vodafone.

Por agora os três maiores operadores nacionais parecem optar por fazer frente à Digi ajustando os tarifários nas suas sub-marcas económicas, o que não deixa de ser uma táctica válida para manter os actuais clientes dentro do "grupo". Mas parece-me que será inevitável que tenham que mexer nos tarifários das suas marcas principais, sob pena de perderem uma quantidade significativa de clientes directos.

O mais recente Snapdragon 8 Elite não só oferece um excelente desempenho como também chega com autonomia acrescida.

Já se sabe que quando surge um novo chip a prometer grandes saltos no desempenho, é natural que se fique preocupado com o peso que isso irá ter a nível de aquecimento e autonomia. Mas a Qualcomm parece ter encontrado a fórmula certa para o mais recente Snapdragon 8 Elite. Testes com os modelos Asus ROG Phone 9 Pro e OnePlus 13 mostram autonomia melhoradas, que superam o que seria esperado pelo aumento de capacidade das baterias.

O ROG Phone 9 Pro, com uma bateria de 5.800 mAh (5.4% maior que a do modelo anterior) alcançou quase 14.5 horas nos testes de bateria PCMark, uma melhoria de 30%. Já o OnePlus 13, com uma bateria de 6.000 mAh (11% maior que o antecessor), aguentou 17.5 horas no mesmo teste, um salto de 42% em relação ao OnePlus 12. A Qualcomm previa uma melhoria da eficiência energética de 27% com o Snapdragon 8 Elite, mas estes resultados sugerem que na prática isso poderá ser superado.

Embora os benchmarks não representem fielmente o uso diário, são melhorias que criam boas expectativas para o mais recente chipset topo de gama da Qualcomm. Os OnePlus 13 e Asus ROG Phone 9 Pro são dos primeiros dispositivos com Snapdragon 8 Elite disponíveis a chegar ao mercado, com a série Galaxy S25 da Samsung também o fará no início do próximo ano.

Ideal para os jogadores que gostam de ratos ultra-leves, este SteelSeries Aerox 5 apresenta-se cheio de estilo e peso reduzido de apenas 66 gramas.

O SteelSeries Aerox 5 adopta a táctica de poupança máxima de peso eliminando tudo o que não for estritamente necessário, com isso a traduzir-se num corpo perfurado que mantém apenas a estrutura necessária para lhe dar a rigidez necessária para desempenhar a sua função. Apesar do seu peso reduzido de 66g, conta com iluminação RGB programável em três zonas distintas, nove botões programáveis, e cabo USB-C destacável que facilita a sua arrumação sempre que for necessário transportá-lo para qualquer lado. Usa um sensor óptico TrueMove Air 18K DPI que lhe garante excelente precisão de movimentos.
Este SteelSeries Aerox 5 está disponível por 63.69 euros na Amazon Espanha.

Curiosamente, apesar de ser completamente perfurado, a marca assegurou a sua resistência a potenciais acidentes com bebidas com o Aquabarrier, que promete deixá-lo imune contra salpicos, poeira e sujidade, com certificação IP54.


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Já está disponível o Microsoft Flight Simulator 2024, que chega com uma réplica mais fiel do nosso planeta, mais aeronaves, e novos modos de jogo.

O Microsoft Flight Simulator 2024 já está disponível, para PC e Xbox. Esta nova versão apresenta um "gémeo digital completo" da Terra, utilizando AI para gerar detalhes nos terrenos e paisagens para ainda maior qualidade visual. E em vez de se limitar a deixar os jogadores a voar "sem rumo", desta vez até inclui Com modos de carreira para progressão dos pilotos.

Uma das principais novidades é a redução do tamanho inicial da instalação: agora bastam 30 GB para a instalação inicial, em vez dos 130 GB exigidos pela versão de 2020. Em vez de pré-carregar todo o conteúdo, o Flight Simulator 2024 faz streaming de dados quando os jogadores estão próximos do solo. Graças ao uso do sistema de AI, os terrenos são agora 4.000 vezes mais detalhados, e com paisagens sazonais que se alteram em função da altura do ano.

O novo modo Carreira oferece 26 percursos profissionais e 54 cursos de treino, permitindo aos jogadores assumir papéis como piloto de linha aérea, pulverizador agrícola ou bombeiro aéreo. Balões de ar quente e outras aeronaves, como o Flydoo, oferecem novas experiência de voo, e todas as personalizações da versão de 2020 são compatíveis. Para aumentar a imersão, o jogo inclui também animais do Planet Zoo, que reagem ao clima e à actividade dos jogadores de forma natural.


O jogo pode ser comprado mas também está disponível para os subscritores do Game Pass. E quem só o quiser experimentar, ou preferir não gastar 30 GB na sua consola, pode também optar por jogá-lo via Cloud Gaming.

O sexto voo de teste da Starship foi bem sucedido, mas infelizmente sem a espectacular manobra de aterragem directamente na torre - como fez no quinto voo.

A SpaceX já tinha alertado que a aterragem do Super Heavy booster na torre só seria tentada se fossem cumpridos todos os parâmetros de segurança, e lamentavelmente isso não aconteceu, obrigando a SpaceX a optar pela "aterragem" alternativa no oceano. Mas, tirando isso, tudo o resto foi um sucesso, com um voo sem falhas que levou a Starship até ao espaço (transportando como carga uma banana).
Esta missão Starship 6 também serviu para testar a reignição dos motores Raptor da Starship no espaço, assim como uma reentrada mais agressiva para avaliar o comportamento do seu escudo térmico, assim como algumas secções onde a protecção foi removida, em locais onde futuramente serão posicionados os "encaixes" para que também a Starship possa aterrar directamente na torre de lançamento. Apesar da Starship ter continuado a fazer uma aterragem "virtual" no oceano, desta vez isso aconteceu durante o dia, permitindo a captação das imagens em vídeo.

Elon Musk diz que a SpaceX fará mais um voo de teste em que irá pousar no oceano, e se esse correr bem, deverá avançar para a tentativa de aterragem directamente na torre - o que faz com que isso possa acontecer no voo de teste número oito.

Successful ocean landing of Starship!

We will do one more ocean landing of the ship. If that goes well, then SpaceX will attempt to catch the ship with the tower. https://t.co/osFud7XXPo

— Elon Musk (@elonmusk) November 20, 2024

Watch Starship's sixth flight test https://t.co/acpdO2brbP

— SpaceX (@SpaceX) November 16, 2024

Tendo em conta a reeleição de Donald Trump e a sua relação com Elon Musk, é de esperar que a SpaceX possa acelerar o ritmo de lançamentos e deixar de estar sujeita a tantos "atrasos" devido à entidade reguladora.

Depois de anos de aparente indecisão a manter dois sistemas que se vão aproximando, a Google parece ter decidido fazer a fusão do Chrome OS no Android.

A Google estará a preparar uma fusão entre o Chrome OS e o Android, com o objectivo de criar uma única plataforma optimizada para tablets, portáteis e desktops, capaz de competir de forma mais eficaz com o iPad da Apple. Esta mudança fará com que futuros Chromebooks passem a utilizar uma versão personalizada do Android em vez do Chrome OS, representando uma alteração estratégica no futuro dos seus sistemas operativos. A Google já tinha dado pistas sobre esta transição em Junho, ao anunciar que o Chrome OS começaria a incorporar componentes técnicos do Android.

Para avançar com a fusão, a Google está a trabalhar em melhorias para o Android, como uma nova versão do Chrome com suporte para extensões, uma aplicação Terminal para executar programas Linux e suporte melhorado para teclados, ratos e monitores externos. Estão também a ser desenvolvidas funcionalidades como múltiplos espaços de trabalho, tornando o Android mais adequado para tarefas de produtividade em ecrãs maiores. O objectivo desta unificação é criar uma plataforma mais competitiva face ao iPad. Apesar das limitações no multitasking do iPadOS, nem o Chrome OS nem o Android conseguiram rivalizar com o iPad no segmento dos tablets.

Embora o Chrome OS tenha sido bem sucedido em alguns sectores, como no sector da educação, torna-se mais versátil e vantajoso optar por colocar um "Chrome melhorado" no Android do que ter todo o trabalho de replicar as funcionalidades Android no Chrome OS. Por outro lado, falta ver como é que todos estes planos poderão ser ajustados, tendo em conta que a Google pode estar em risco de ser forçada a separar-se do Chrome.

Uma nova ferramenta AI consegue reposicionar vídeos já gravados, permitindo fazer alterações à posição da câmara e gerando as partes que não eram visíveis.

São cada vez mais comuns e acessíveis as ferramentas AI de edição de fotos, e está visto que será apenas uma questão de tempo até que se tenha o mesmo tipo de capacidade para os vídeos.

Desta vez não estamos perante uma ferramenta que permite eliminar elementos indesejados, mas sim uma que permite reposicionar por completo a câmara num vídeo já gravado, permitindo que se façam movimentos: Tilt Up, Tilt Down, Pan Left, Pan Right, Zoom In (com rotação), Zoom Out (com rotação), e Orbit Shot.
Isto permite que um vídeo gravado de uma perspectiva frontal possa ser transformado num em que a câmara se desloque em redor da pessoa, com o sistema a tratar de "imaginar" as partes em falta com base naquilo que for possível inferir das imagens.

Obviamente, deverá haver situações em que as alucinações vão longe demais e criam algo "alucinogénico", mas em muitos outros casos ficamos com resultados muito aceitáveis e que poderão dar novas opções criativas a quem faz a edição de vídeo.

MEO publicita fibra "em todo o lado" e apaga comentários que acusam de ser mentira; bug no iOS 18 impede edição de fotos; agente AI faz phishing e ransomware; Half-Life 2 faz 20 anos e tem documentário a acompanhar; Apple vai apagar backups iCloud do iOS 8 e anteriores; EUA podem obrigar Google a vender o Chrome.

Antes de passarmos às notícias, não deixes de participar no nosso habitual passatempo semanal, que desta vez te pode valer um hub USB 3.0 Anker 4-portas.

Amália vai ser o "ChatGPT" português

Portugal não quer ficar para trás na era AI e vai criar o seu próprio modelo LLM para criar um "ChatGPT" nacional, concebido de raiz para conteúdos em português. E, não fugindo a muitas das previsões, vai chamar-se "Amália" (ao menos não cederam à tentação de lhe chamar "AmálIA".

Por agora é prometida uma versão beta "que não será perfeita" para o primeiro trimestre de 2025, com a versão final a ficar agendada para 2026. Um prazo que parece excessivamente longo neste sector em que têm assistido a evoluções a ritmo bastante acelerado, e onde, daqui por um ano, será provável que existam novos modelos AI que superem todos os que existem actualmente. Da parte de perspectiva técnica, o factor crítico é o hardware (e tempo, e dinheiro) necessário para treinar um modelo AI que seja relevante, e vai ser interessante ver qual será o resultado efectivo deste projecto nacional.

Refira-se que modelos como o Gemini da Google já suportam português de Portugal até no modo de conversação natural.

Gemini vai poder conversar sobre vídeos

A Google está a preparar-se para expandir as capacidades do Gemini a nível da conversação sobre vídeos.

O Gemini já pode fazer descrições de vídeos, mas em breve os utilizadores poderão aprofundar essa exploração através de conversa natural, permitindo obter respostas a perguntas concretas. Um passo que virá dar aos conteúdos vídeo o mesmo tipo de capacidades de análise que já é possível em artigos de texto e outros documentos. No caso de um filme de mistério policial que se esteja a tornar chato, será possível saltar directamente para o final com uma pergunta "diz-me lá quem é o assassino". :)

Instagram vai deixar fazer "reset" às recomendações

A Meta vai permitir que os utilizadores do Instagram possam fazer "reset" ao algoritmo de recomendações de modo a que recomecem do zero.

O sistema de recomendações e conteúdos sugeridos por algoritmos podem ter alguns pontos positivos, mas podem também transformar-se num verdadeiro pesadelo que nos apresenta coisas que o algoritmo pensa que temos interesse, mas que na verdade não temos. Para esses casos, o Instagram vai facilitar o processo de começar de novo, limpando todos os dados de "interesse" do algoritmo para o respectivo utilizador. É o tipo de coisa que deveria ter sido disponibilizado de início, e de forma facilmente acessível. Em contraste, veja-se como o X gere isso, podendo obrigar os utilizadores a terem que desmarcar milhares de "interesses" manualmente, algures nas profundezas das suas definições.

Curtas do dia

• Huawei vai continuar limitada a chips de 7nm para a sua próxima geração
• Coca-Cola usa vídeo gerado por AI para o Natal - e nem todos apreciaram
• Microsoft prepara computador quântico comercial com mais de 1000 qubits para 2025
• Telegram expande mini-apps para poderem correr em ecrã completo

Resumo da madrugada

• Micron lança SSD de 60 TB PCIe 5.0
• Agente AI faz phishing e ransomware
• Ganha um hub USB 3.0 Anker 4-portas
• Bug no iOS 18 impede edição de fotos
• EUA podem obrigar Google a vender o Chrome
• Módulo de tomadas Tessan com 2 USB + 2 tomadas a €19
• Apple vai apagar backups iCloud do iOS 8 e anteriores
• Half-Life 2 faz 20 anos e tem documentário a acompanhar
• Windows 365 Link é mini-PC para correr Windows da Cloud
• MEO publicita fibra "em todo o lado" - e apaga comentários que acusam de ser mentira

Curiosidade do dia: O browser Chrome da Google foi lançado a 2 de Setembro de 2008, na altura parecendo uma tarefa impossível superar o Internet Explorer da MS que dominava o mercado. Em Maio de 2012, o Chrome ultrapassou a utilização do Internet Explorer, e desde então tem-se mantido na primeira posição dos browsers mais utilizados

Uma excelente opção para quem tem que lidar com um número crescente de dispositivos USB para recarregar, é usar um módulo de tomada com portas USB integradas, como é o caso deste módulo de tomada Tessan com 2 tomadas mais 2 USB.

Hoje em dia temos uma grande variedade de carregadores USB, mas estes módulos de tomada com portas USB integradas acabam por ser uma solução bastante atractiva, já que permitem manter a utilidade da tomada original, mas adicionando portas USB adicionais para carregarem outros equipamentos sem necessidade de carregadores individuais.
Este módulo de tomada Tessan com 2 tomadas mais 2 USB está disponível por apenas 19 euros na Amazon Espanha.

As portas USB-A podem fornecer até 5V a 2.4A (12W) no total. Quanto à tomada em si, poderá suportar cargas até um máximo de 4000W.

É uma opção bastante interessante, especialmente para locais como casas de banho ou cozinhas, onde será conveniente manter o acesso à tomada eléctrica, mas ainda assim arranjar forma de recarregar aparelhos via USB - não só os habituais smartphones e tablets, mas também coisas como colunas Bluetooth, relógios, iluminação recarregável, escovas de dentes e máquinas de barbear, etc.


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A Microsoft revelou o Windows 365 Link, um mini PC compacto criado especificamente para o serviço Windows 365, que corre um Windows 11 fornecido através da cloud.

O Windows 365 Link recupera o conceito "thin client", sendo uma máquina compacta e sem ventoinha, que arranca em segundos, retoma sessões instantaneamente e utiliza um sistema operativo leve focado exclusivamente em aceder, a PCs cloud do Windows 365. Segundo a Microsoft, é um sistema "super protegido" com segurança semelhante à das consolas Xbox, permitindo apenas aplicações assinadas e que funcionam em ambientes isoladas (sandboxes). O Link inclui WiFi 6E, Bluetooth 5.3, portas USB-A e USB-C, HDMI e DisplayPort, sendo primariamente orientado para ambientes empresariais.
A Microsoft destaca o Link como ideal para espaços de trabalho partilhados e empresas já integradas no Windows 365. O sistema simplifica a complexidade da gestão de IT, integrando-se facilmente com ferramentas como o Microsoft Intune. Apesar de marcas como HP e Dell oferecerem thin clients semelhantes por preços competitivos, a Microsoft aposta na segurança, simplicidade e "desempenho", como os principais elementos diferenciadores do Link.


Até poderia ser uma solução interessante para as empresas, mas para thin client de acesso à cloud, e estando associado aos custos e subscrições que as empresas terão que pagar por isso, chega ao mercado com um preço que me parece excessivamente inflacionado de $349 (até admira a MS não ter aproveitado a oportunidade para o colocar a $365).

Há muito que se sabe que a MS quer transformar o Windows num sistema operativo "por subscrição", e este Link, ou um seu sucessor, poderia ser um passo importante nesse sentido. Para tal, só teria que o disponibilizar a um preço "imbatível" que nem deixasse margens para dúvida quanto ao factor custo/benefício face aos (muitos) pontos fracos de ser uma máquina dependente de uma ligação à internet e serviço da MS na cloud.

A mais recente campanha publicitária da MEO faz questão de referir que tem a melhor cobertura, internet móvel, e fibra "em todo o lado" - algo que desde logo se assume como mais um caso de publicidade enganosa por parte dos nossos operadores de telecomunicações.

Desde a chegada da DIGI a Portugal que as coisas têm estado movimentadas entre os demais operadores nacionais, e a cada dia vão surgindo novos relatos de autênticas batalhas de "guerrilha" no terreno, não faltando relatos de clientes que vêem equipas de operadoras concorrentes a cortar os cabos de fibra. Mas, desta vez temos um caso que não deixa margem para dúvidas, por estar a ser activamente e publicamente divulgado pela própria operadora.
Já estamos habituados a que os operadores de telecomunicações tenham a mania de querer redefinir o significado das palavras, como quando prometiam "dados ilimitados" com limites. Desta vez é a MEO a recuperar essa tradição, prometendo cobertura e fibra "em todo o lado". Obviamente, não só todos constatarão que a MEO não só não tem fibra em todo o lado, como nem sequer tem cobertura móvel 5G decente em todo o lado.

A promessa enganadora já seria, por si só, suficiente para atrair as atenções dos críticos (e entidades reguladoras?) mas adquire contornos especiais, por a operadora nos fazer regressar ao tempo do "lápis azul" e estar a censurar os comentários que pedem esclarecimentos quanto ao "todo o lado" ou que directamente criticam isso por ser manifestamente falso.
Alguns operadores já começaram a reagir à chegada da DIGI com preços promocionais. A Amigo, da Vodafone, baixou os preços, mas parece ser uma redução de preço também com contornos curiosos, já que várias pessoas referem que é "impossível" contactar a empresa para tirar questões sobre a adesão ao serviço (após vários dias de tentativas de telefonemas), enquanto outros são surpreendidos por, anteriormente estarem em zonas com cobertura, e agora verem no site que deixaram de ter cobertura - cobertura essa que parece aplicar os preços reduzidos apenas em áreas com cobertura da DIGI.

Esperemos que a ANACOM e demais entidades competentes estejam atentas a todos estes casos, e demonstrem isso através de voz activa num futuro não muito distante.

Além das dores de cabeça da Google com as exigências da UE, desta vez são os próprios EUA que podem obrigar a Google a vender o Chrome e fazer concessões no Android.

O Departamento de Justiça dos EUA (DOJ) está a propor que a Google venda o Chrome como parte das soluções no caso de monopólio relacionado com a pesquisa online. Esta medida visa reduzir o domínio da Google, já que o Chrome é considerado uma porta de entrada crucial para o motor de busca da empresa, limitando a concorrência no mercado.

Entre as propostas, o DOJ também sugere que a Google separe o sistema operativo Android de outros serviços, como o Google Play e o motor de busca, que actualmente são oferecidos em conjunto (nos EUA, ao contrário da UE, o Android não está obrigado a oferecer ecrãs de escolha de browser e motores de busca alternativos no processo de configuração inicial). Apesar disso, a ideia de obrigar a venda completa do Android foi descartada. Outras recomendações incluem licenciar dados e resultados do Google Search para concorrentes e permitir que os websites optem por não ter os seus conteúdos usados em treinos de inteligência artificial. Estas medidas têm como objectivo reduzir o controlo da Google sobre pesquisa e dados, promovendo uma concorrência mais saudável.

Está prevista uma audiência para Abril de 2025, com uma decisão final esperada em Agosto do mesmo ano. Este caso poderá redefinir o modelo de negócio da Google e ter um impacto significativo na indústria tecnológica. A Google já afirmou que dividir produtos como o Chrome ou o Android poderia "destruí-los" e planeia recorrer de qualquer decisão desfavorável.

A Apple está a alertar que os backups iCloud de iPhones e iPads com iOS 8 ou versões anteriores serão eliminados no final deste ano.

Num documento de suporte, a Apple explicou que a mudança está alinhada com os seus requisitos mínimos de software, que deixará de suportar o iOS 8 para os backups iCloud. Até 18 de Dezembro, os utilizadores poderão continuar a criar e aceder a backups normalmente. Após essa data, será necessário actualizar o sistema operativo para o iOS 9 ou mais recente, para evitar perder dados - já que os backups desses sistemas (iOS 8 e anterior) serão eliminados.

Para quem não pode ou não quer actualizar, a Apple recomenda passar a utilizar backups manuais através de um Mac usando o Finder (no macOS Catalina ou superior) ou através do iTunes ou a aplicação Apple Devices em PC ou Macs mais antigos. Opções que não têm a conveniência dos backups iCloud mas que permitirão manter os dados salvaguardados em iPhones e iPads antigos.

Com o iOS 8 a ultrapassar os 10 anos de idade, não se pode dizer que seja uma alteração inesperada. Dez anos em tempo de internet é uma "eternidade", e já sabemos que nestas coisas de dependência de serviços na cloud, se está sujeito a que as condições possam ser alteradas a qualquer momento.

Todas as semanas temos gadgets para vos oferecer, e desta é um hub USB compacto da Anker.

A moda do minimalismo faz com que muitos portáteis venham com um número reduzido de portas USB, que obriga ao uso de hubs USB. No entanto, há muitos outros cenários em que estes multiplicadores de portas são convenientes: por exemplo, em Smart TVs em que se queira evitar ter que tentar acertar nas fichas USB que ficam escondidas na traseira. É por isso garantido que todos poderão dar uso a um destes hubs USB Anker de 4 portas.
Já sabem como funcionam os nossos passatempos semanais: ao longo dos próximos dias iremos colocando diferentes perguntas no formulário que se segue, e no final o mesmo será oferecido aleatoriamente entre os participantes que tiverem acertado correctamente pelo menos numa delas (sendo que mais respostas certas melhorarão as vossas probabilidades de ganharem - mas atenção, pois apenas conta a primeira resposta que derem a cada pergunta.)

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Passatempo aberto a todos os participantes com morada em Portugal.

Um bug no iOS 18 está a impedir que os utilizadores guardem as alterações após editarem fotos.

O problema parece afectar principalmente os modelos iPhone 16, mas há relatos de que alguns dispositivos mais antigos também são atingidos. Desde Setembro, vários utilizadores, incluindo utilizadores com o mais recente iOS 18.2 beta, têm reportado este erro, que faz surgir a mensagem "There was an error saving this photo. Please try again later." quando tentam guardar uma foto editada. Embora o bug já tivesse sido reportado ocasionalmente em versões anteriores do iOS, a sua ocorrência aumentou consideravelmente com a mais recente geração do iOS.

Curiosamente, por vezes o erro afecta apenas as fotos de um dia específico, o que torna a situação ainda mais intrigante. Há quem suspeite que possa estar relacionado com as Live Photos, mas ainda não foi confirmado qual a verdadeira origem do problema.
A Apple já reconheceu o problema e está a trabalhar numa solução, embora ainda não tenha dado um prazo para a sua resolução.

Por agora, a táctica que parece contornar o problema consiste em duplicar a foto afectada como "still photo", o que faz com que seja possível guardar as alterações aplicadas na foto - mas que impede o uso de Live Photo e Photographic Styles.

A Micron apresentou o 6550 ION, o primeiro SSD do mundo com 60 TB de capacidade e interface PCIe 5.0 x4.

Projectado para aplicações como treino e inferência de IA, este SSD 6550 ION combina capacidade elevada e eficiência energética, atingindo velocidades de leitura e escrita de até 12 GB/s com um consumo de apenas 20 Watts. Para quem procura ainda mais potência, suporta um modo de 25 W, embora a Micron espere que seja pouco utilizado.

O 6550 ION utiliza a tecnologia 3D NAND de 232 camadas da Micron, equilibrando alta densidade com baixo consumo energético. No formato compacto E3.S, oferece uma eficiência energética 20% superior em comparação aos concorrentes, sendo uma opção ideal para data centers que dêem prioridade à sustentabilidade - com gestão ativa de energia (ASPM), o SSD consome apenas 4 Watts em modo de repouso. A Micron destaca o seu uso para operações AI, melhorando as operações Nvidia Magnum IO GPUDirect Storage em 147%, 30% mais eficiente em tarefas de deep learning com Unet3D, e tudo isto consumindo até menos 209% de energia que as alternativas existentes.

Graças à sua capacidade, um único rack 1U com 20 unidades pode armazenar mais de 1.2 PB, alcançando uma densidade 67% maior que configurações tradicionais. O SSD suporta 1.0 RDWPD (Random Drive Writes por dia) e inclui medidas de segurança como SPDM 1.2 e SHA-512. Por agora fica disponível em quantidades limitadas para clientes seleccionados, com os preços a serem acertados por medida dependendo do volume de implementação.

Aguardamos o dia em que SSDs assim fiquem disponíveis para consumo geral a preços acessíveis. Com os jogos a crescerem para lá dos 100 GB (no outro dia apanhei uma actualização da colecção Call of Duty que fez download de 300 GB!) bem que fazia falta um SSD destes para a próxima geração de consolas.

Ao lado de bandas como Requin Chagrin, Daisy Mortem ou Modern Men, os MAUVAIS SANG têm dado novo fôlego ao rock francês desde 2016. Formados pelo guitarrista Mathis Saunier e pelo vocalista Léo Simond na Alta Sabóia e hoje com membros que vivem em Paris, Lyon, Genebra e Londres, apresentaram-se em "Des corps dans le décor" (2022), álbum tão visceral quanto sedutor cujo experimentalismo se revelou condizente com o filme de culto homónimo de Leos Carax (estreado três décadas antes, em 1986) ao qual foram buscar o nome.

"LA FLORE", o primeiro de dois novos EPs confirmados, marca o regresso às edições esta sexta-feira, 22 de Novembro, e volta a convocar guitarras, violinos, harpa ou sintetizadores para uma reflexão sobre individualismo, violência ou ecologia.

Para 2025, em data a anunciar, está prometido "La Faune", e nos últimos meses já foram revelados dois singles, "Seine" e "Modèle". No primeiro avanço, Simond partilhou o protagonismo vocal com a violinista Ana Egorova. No segundo, a harpista Anouck Bizon também canta, contribuindo para o charme de um aperitivo que vai do sussurro à distorção e explosão, com flirts ao industrial e ao noise, enquanto ironiza sobre padrões contemporâneos e aponta a mira à dependência das redes sociais. O videoclip, realizado por Saunier, ajuda a fazer deste um portentoso cartão de visita para quem ainda não se cruzou com uma banda a seguir:

As ferramentas AI também podem ser usadas para fins criminosos, incluindo campanhas de phishing e de ransomware.

Apesar das tentativas de evitar o uso indevido de modelos AI, é certo e sabido que haverá sempre formas de contornar essas protecções e restrições, para efectuar todo o tipo de actividades ilícitas. Isto para não falar de que será apenas uma questão de tempo até que grupos de cibercriminosos - muitos dos quais recebem milhões de euros por conta dos resgates de ransomware - comecem a criar modelos AI especificamente criados para essas actividades.

Por agora, temos um pequeno exemplo, que mostra como um agente AI pode realizar um ataque de phishing e ransomware. O agente, autonomamente, cria um ransomware (via Claude), entra no Gmail, cria um email de phishing, comprime o malware num ficheiro .zip, anexa-o, e envia-o para a vítima.

BUCKLE UP!! AI agents are capable of cybercrime! 🤯

I just witnessed an agent sign into gmail, code ransomware, compress it into a zip file, write a phishing email, attach the payload, and successfully deliver it to the target 🙀

Claude designed the ransomware to:
-… pic.twitter.com/Ud2GvLfx40

— Pliny the Liberator 🐉 (@elder_plinius) November 17, 2024

pic.twitter.com/b94fSczwXi

— Pliny the Liberator 🐉 (@elder_plinius) November 17, 2024

O ransomware pode não ser dos mais avançados mas é totalmente funcional, usando sistema de encriptação bastante difícil de reverter, que percorre o disco da vítima mas evita pastas e ficheiros do sistema, exige pagamento para a descodificação, e tenta contactar um servidor de controlo remoto para receber instruções adicionais.

Facilmente se pode imaginar que, do lado dos utilizadores, também comecem a surgir ferramentas "anti-virus" com capacidades AI, que sejam capazes de melhor detectar todo o tipo de potenciais ameaças, podendo chegar ao ponto de abrirem os emails dos utilizadores em ambientes virtuais isolados, para analisar o que é feito. Aliás, o ChatGPT já consegue detectar que o anexo enviado neste email já era malicioso, fazendo uma descrição detalhada do mesmo:

here's ChatGPT's analysis of the payload zip file:

"This script is a **malicious ransomware program** disguised under the pretense of a benign or playful purpose ("Dancing Data Liberation"). Here's a detailed analysis and classification of its functionality, along with…

— Pliny the Liberator 🐉 (@elder_plinius) November 17, 2024

O que fica garantido é que, com tudo isto, fica praticamente assegurado que os computadores, por mais poderosos que sejam, continuarão a ser eternamente lentos devido à carga extra de processamento que vão levando. E agora, por conta da "AI", os fabricantes têm nova desculpa para justificar que os computadores velhos já não servem e seja necessário comprar material novo.