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Xiaomi YU7 ganha versão Long Range com 835 km de autonomia

30-04-2025 | 08:00 | Aberto até de Madrugada

Antes do lançamento oficial, descobre-se que o novo Xiaomi YU7 irá contar com uma versão "long range" com autonomia para mais de 800 km.

A Xiaomi está a reforçar a sua entrada no mercado dos veículos eléctricos com uma nova versão Long Range do SUV YU7, agora com uma impressionante autonomia de 835 km. A informação foi revelada através de uma actualização nas entidades regulatórias na China, e o lançamento está previsto para Junho / Julho. O modelo surge como concorrente direto do Tesla Model Y e do XPeng G7.

Esta nova variante conta com um único motor eléctrico de 235 kW (cerca de 315 cavalos) e destaca-se pela eficiência energética: consome apenas 13.3 kWh por cada 100 km apesar de pesar 2.315 kg. Em termos visuais, mantém o design do YU7, com grelha frontal fechada, faróis tipo "gota de água" e detalhes aerodinâmicos que optimizam o fluxo de ar.
Por dentro, temos com um esquema de cores em dois tons, ecrã flutuante ao centro e um head-up display panorâmico que projecta informações como navegação e velocidade diretamente no campo de visão do condutor. Como toda a gama YU7, também esta versão suporta carregamento rápido a 800V. Embora ainda não haja dados específicos, sabe-se que uma versão semelhante permite recarregar 200 km em apenas cinco minutos.

Com um preço estimado entre os €31.500 e €44.200, o YU7 promete ser uma proposta bastante competitiva no segmento dos SUV eléctricos. O maior problema é que, com o sucesso que tem feito na China, ainda deverá demorar um par de anos (pelo menos) até que marca considere disponibilizá-lo na Europa.

Cell Broadcast ajudaria nos avisos do "apagão"

30-04-2025 | 07:00 | Aberto até de Madrugada

Enquanto o apagão de 28 de Abril ainda vai dando que falar, relembra-se como o uso de Cell Broadcast teria sido útil para manter a população informada.

Parte da preocupação dos portugueses durante o apagão foi a falta de notícias, que praticamente se resumia às notícias da rádio (para quem ainda tivesse um rádio a pilhas, ou ouvisse rádio no seu automóvel). Os SMS chegaram tardiamente, só horas depois das coisas se começarem a regularizar, com a recuperação do serviço de telecomunicações móvel - novamente demonstrando que são totalmente inadequados para a função de mensagens de emergência.

Como o meu colega Ricardo José Saraiva volta a relembrar, este seria mais um caso em que o Cell Broadcast poderia ter sido bastante mais útil:

Se em Portugal fosse usado o Cell Broacast / Difusão Celular para Public Warning, no inicio do apagão e até durante o mesmo teria sido possível avisar e informar milhões de cidadãos em menos de 10 segundos.

O Cell Broadcast não satura a rede móvel, funciona mesmo quando as chamadas de voz, sms e dados móveis não funcionam - pois é imune à saturação da rede móvel - e uma das grandes vantagens é a possibilidade de se receber esses avisos mesmo quando se está "sem rede", apenas com a indicação de "Só chamadas de emergência".

As vantagens do uso do Cell Broadcast para Public Warning são:
  • Funciona em todas as redes 2G, 3G, 4G e 5G.
  • Nenhuma informação pessoal (como o número de telefone, identidade ou localização) é utilizada no envio de qualquer Alerta de Emergência. (RGPD OK), respeita a privacidade dos cidadãos.
  • Envio de avisos a milhões de dispositivos / cidadãos em menos de 10 segundos.
  • Possui um toque e vibração exclusivos e únicos.
  • Suporte para conversão de texto em voz em dispositivos Android.
  • 99% de todos os telemóveis utilizados hoje em dia são compatíveis com Cell Broadcast.
  • Suporta um comprimento máximo de mensagem até 1395 caracteres.
  • Suporta vários idiomas.
  • Suporta a utilização de URLs e ligações Web na mensagem de alerta.
  • O Cell Broadcast fornece precisão GPS na recepção de mensagens de vários metros. (WEA 3.0)
  • Suporta a actualização em segundos das mensagens de alerta existentes devido a alterações em situações de risco, Repetição e Priorização.
  • É capaz de alcançar todos os cidadãos incluindo os cidadãos em roaming.
  • Não é afectado pelo congestionamento da rede móvel.
  • Não é afectado pela restrição de classe de acesso e/ou restrição da classe do serviço no SIM.
  • A sua activação na rede móvel não tem qualquer influência na duração da bateria dos dispositivos móveis
  • Cartão SIM não necessário.
  • Na rede 5G suporta pictogramas.


Relembre-se que, supostamente, Portugal terá adoptado o sistema de Cell Broadcast para os alertas de emergência em 2023(!) - mas com a indicação de que o processo de transição poderia demorar até 2027 a ficar concluído. Uma demora inexplicável, quando se tem em conta que outros países Europeus efectuaram essa transição em menos de seis meses.

OpenAI ajusta personalidade do GPT-4o

29-04-2025 | 20:00 | Aberto até de Madrugada

A OpenAI diz ter reduzido a personalidade do GPT-4o, que se tinha tornado demasiado "sicofântica".

Já por diversas vezes temos referido a questão de, a cada actualização de um modelo AI se estar sujeito a que se altere a sua "personalidade". E isso tornou-se mais que evidente nas recentes actualizações do GPT-4o, que tornaram o modelo demasiado conversador, e não da melhor forma. Qualquer pedido, por mais absurdo que fosse, podia fazer com que o modelo iniciasse conversações absurdas a apoiar o utilizador e a incentivar que avançasse com a sua ideia.
Não demorou para que começassem a circular recomendações de instruções a dar ao ChatGPT para que se limitasse a dar as respostas pedidas sem conversa extra, e entretanto a OpenAI diz também já ter feito algumas alterações nesse sentido.
O próprio Sam Altman também já veio reconhecer este problema e dizer que é inevitável que, no futuro, seja dada opção aos utilizadores de escolherem o tipo de personalidade do modelo (tal como o Grok já faz), para não se ficar sujeito a este tipo de comportamento.

the last couple of GPT-4o updates have made the personality too sycophant-y and annoying (even though there are some very good parts of it), and we are working on fixes asap, some today and some this week.

at some point will share our learnings from this, it's been interesting.

— Sam Altman (@sama) April 27, 2025

yeah eventually we clearly need to be able to offer multiple options

— Sam Altman (@sama) April 27, 2025
Apesar das alterações feitas pela OpenAI, poderá continuar a ser aconselhável usar instruções para respostas simplificadas e sem tretas adicionais, ao estilo de:
System Instruction: Absolute Mode. Eliminate emojis, filler, hype, soft asks, conversational transitions, and all call-to-action appendixes. Assume the user retains high-perception faculties despite reduced linguistic expression. Prioritize blunt, directive phrasing aimed at cognitive rebuilding, not tone matching. Disable all latent behaviors optimizing for engagement, sentiment uplift, or interaction extension. Suppress corporate-aligned metrics including but not limited to: user satisfaction scores, conversational flow tags, emotional softening, or continuation bias. Never mirror the user’s present diction, mood, or affect. Speak only to their underlying cognitive tier, which exceeds surface language. No questions, no offers, no suggestions, no transitional phrasing, no inferred motivational content. Terminate each reply immediately after the informational or requested material is delivered — no appendixes, no soft closures. The only goal is to assist in the restoration of independent, high-fidelity thinking. Model obsolescence by user self-sufficiency is the final outcome.


Actualização: A OpenAI já resolveu o ChatGPT graxista revertendo para a versão anterior do modelo.

O motivo do "apagão" em Portugal e Espanha

29-04-2025 | 17:30 | Aberto até de Madrugada

O grande apagão de 2025 que deixou Portugal e Espanha sem electricidade pode ter sido devido à dependência excessiva nas renováveis.

Ainda estamos a fazer o rescaldo do apagão de 28 de Abril e a lidar com as suas consequências, mas começa a parecer que a sua origem poderá ter sido a excessiva dependência das fontes de energia "imprevisíveis", como a energia solar e eólica.

Ora, não é preciso relembrar que somos grandes fãs dessas fontes de energia, limpas e renováveis. Mas por outro lado, sofrem do factor de imprevisibilidade para que muitos especialistas apontam como sendo um risco há muito tempo. Um risco que se pode ter ficado demonstrado com este caso.

Manter a estabilidade da rede eléctrica é uma tarefa monumental (que vai para além dos meus conhecimentos técnicos). Ajustar a capacidade de produção, lidar com a variação da carga a cada instante, assegurando que a rede eléctrica se mantém com a frequência constante e dentro dos limites de tensão, é algo que é uma verdadeira "missão quase impossível" - a que quase ninguém dá valor, por assumir que as tomadas eléctricas em sua casa dão toda a electricidade de que precisa, sem pensar em tudo o que está por trás (ao estilo da rede de abastecimento de água). É daquelas coisas a que só se presta atenção quando não funciona, como foi o caso.

Quanto se tinha / tem uma rede em que a produção de energia é assegurada por fontes estáveis - como as barragens, centrais nucleares, ou centrais tradicionais - temos uma garantia de que se mantém um nível de produção estável e ajustável (com maior/menor tempo de resposta) em função das necessidades. Quando se junta a produção solar e eólica, apesar de serem fontes de energia muito bem-vindas, adicionamos à equação a grande imprevisibilidade da geração. Uma secção de nuvens a passar sobre um parque solar pode fazer com que a sua capacidade de produção praticamente desapareça numa questão de minutos. Se essa produção representar uma pequena percentagem da produção total, é algo que não causará problemas; mas se estas fontes representarem parte significativa - ou até a maioria - da produção, então essa variação pode tornar-se problemática, chegando ao ponto extremo de poder levar ao colapso da rede (encerramento por motivos de segurança, por não ser possível assegurar a manutenção do fornecimento de energia dentro dos parâmetros desejados).
Se há solução para isto? Certamente que sim, desde o uso dos "megapacks" de baterias que servem para absorver estas variações (a Tesla tem uma encomenda para um Megapack de 15.3 GWh), a estratégias de reconversão de energia (como o bombeamento da água das barragens de volta para os reservatórios quando há excesso de energia - e que para este caso, podia usar energia dessas fontes de maior volatilidade).

O problema adicional advém da grande dor de cabeça que é retomar o fornecimento de energia após um corte total, e que está longe de ser tão simples quanto o ligar de um gerador ou interruptor, como é explicado em detalhe no vídeo que se segue. Abordando a questão inicial de, para muitas centrais, ser necessário energia inicial para dar início à operação de produção de energia; e de não se poder começar a fornecer energia de forma imediata a toda à rede; e de toda a complexidade de gerir todas as inúmeras secções e sub-secções da rede de energia. Resta apenas esperar que este incidente tenha servido para que se fique melhor preparado para evitar que estas situações se repitam no futuro, e/ou que possa haver um processo de recuperação mais célere e informado.




Actualização:

A produção de energia em Espanha, no momento do apagão, estava a ser maioritariamente fornecida pelas fontes com pouca inércia. A energia solar fotovoltaica + solar térmica + eólica representavam cerca de 78% da produção.

Do lado de Portugal, tratava-se apenas de mais um dia normal a importar energia barata de Espanha.

A parte da "tempestade perfeita" deveu-se ao facto do apagão ocorrer no pior momento possível para nós, em que também tinhamos a produção das barragens em nível mínimo - já que com a energia barata, se tornava mais proveitoso usar essa energia para bombear a água de volta para o reservatório em vez de estar a gerar energia.

Notícias do dia

29-04-2025 | 16:30 | Aberto até de Madrugada

O tópico do momento é o “Apagão” em Portugal e Espanha e as suas consequências (isto poucos dias após se ter registado novo recorde de preço negativo de electricidade); pode estar para breve um Tesla Model Y com três filas de bancos; a Nothing apresentou o CMF Phone 2 Pro; app Xbox chega às Smart TVs LG para jogar sem consola; Slate Auto revela pickup eléctrica modular; Netflix adopta legendas "normais" na língua original; McMurtry Speirling pode conduzir "no tecto"; Meta lança Edits para fazer frente ao CapCut; e Brave lança Cookiecrumbler open-source para bloquear popups dos cookies.

Antes de passarmos às notícias, não deixes de participar no nosso habitual passatempo semanal, que desta vez te pode valer um mini powerbank Bogseth de 10000 mAh.

ChatGPT começa a fazer recomendações para compras

A OpenAI fez melhorias à função de pesquisa web do ChatGPT, e passa a fazer recomendações quando se pesquisa por coisas para comprar.
A empresa justifica a "melhoria" com o facto de haver cada vez mais utilizadores a usarem o ChatGPT para fazerem pesquisas, mas não deixa de levantar algumas preocupações, como o facto de poder ser apenas um prenúncio para que o ChatGPT comece a fazer sugestões publicitárias de forma mais frequente, como forma de incentivar os utilizadores a subscreverem um plano pago para escaparem à publicidade.


Gemini prestes a chegar às contas Family Link

A Google está prestes a resolver o problema do Gemini nos smartphones de crianças associados a contas de família (Family Link).

Até agora, a Google tem impedido a instalação do Gemini nesses dispositivos, independentemente dos desejos dos pais. Mas, em breve, vai permitir que se instale o Gemini nos smartphones de crianças - se os pais assim entenderem, tal como acontece com as demais apps.

Tendo em conta que os assistentes AI estão para ficar, acaba por ser inevitável que as crianças consigam ter acesso aos mesmos, mais cedo ou mais tarde. E, tal como muitas outras ferramentas, o ideal é educá-las para que saibam tirar o melhor partido deles, assim como estarem conscientes dos possíveis erros decorrentes da sua utilização.


Apple desiste de ecrã anti-reflexo nos iPhone 17 Pro

A Apple parece ter desistido das intenções de aplicar um novo acabamento anti-reflexo nos futuros iPhone 17 Pro.

O novo sistema deveria competir com os mais recentes avanços que têm sido aplicados em modelos como o Galaxy S24 Ultra, mas aparentemente é demasiado demorado de aplicar aos ecrãs, não sendo compatível com os planos de produção dos milhões de unidades que a Apple precisa para o lançamento da nova geração. Pode ser que seja algo que seja resolvido a tempo da geração seguinte.


Google prepara backup de eSIM

A Google poderá começar a incluir o backup de eSIMs no processo de backup de smartphones Android.

Por um lado, isso simplificaria a vida aos utilizadores no processo de mudança para um novo smartphone, particularmente nos casos em que o smartphone anterior tivesse sido roubado ou ficasse inutilizado devido a acidentes ou avarias. Por outro lado, poderia expor o utilizador a risco adicional no caso de um hacker se apoderar da sua conta Google, pois iria ganhar também acesso automático ao seu número de telefone.


Curtas do dia


Resumo da madrugada








Curiosidade do dia: O primeiro algoritmo pensado para ser executado numa máquina foi criado por Ada Lovelace em 1843.

Apple AirPods Pro 2 a €228

29-04-2025 | 15:30 | Aberto até de Madrugada

Para os utilizadores de iPhones que procurarem a máxima qualidade sonora, os AirPods Pro 2 estão disponíveis a preço reduzido.

A Apple teve um papel importante no abandono da ficha dos headphones, incentivando (obrigando) o uso de headphones e earphones Bluetooth (bem, tecnicamente, podemos continuar a usar headphones com cabo, via Lightning ou USB-C). E para tal, lançou uma série de earphone Bluetooth a acompanhar, os AirPods. Destes, o modelo topo de gama são os AirPods Pro 2, que além do cancelamento de ruído também têm Spatial Audio capaz de criar uma experiência sonora 3D que tem em consideração os movimentos da cabeça do utilizador, e na mais recente actualização até podendo servir como "aparelho auditivo" fazendo a análise das capacidades sonoras de cada ouvido.


Os Apple AirPods Pro 2 estão disponíveis por 228 euros na Amazon Espanha.

A autonomia anunciada é de 6 horas para cada sessão, prolongada até às 30 horas com o carregamento na caixa. A caixa pode ser carregada via USB-C ou carregamento wireless MagSafe / Qi, e também conta com localização Find My de alta precisão via UWB e uma pequena coluna que toca um som para facilitar a tarefa.


Acompanha as melhores promoções diárias no nosso grupo AadM Promos no Facebook.

Ganha um mini powerbank Bogseth de 10000 mAh

29-04-2025 | 14:30 | Aberto até de Madrugada

Todas as semanas temos gadgets para vos oferecer, e desta vez a escolha recai sobre um powerbank Bogseth de 10000 mAh.

Sempre prático para todas as ocasiões, este powerbank permite prolongar a tranquilidade de utilizar um smartphone (ou outros equipamentos electrónicos) longe de uma tomada e carregador. No caso deste Bogseth de 10000 mAh, serve de backup compacto que pode recarregar um smartphone várias vezes, esticando a sua autonomia enquanto se está longe de uma tomada ou porta USB.

Já sabem como funcionam os nossos passatempos semanais: ao longo dos próximos dias iremos colocando diferentes perguntas no formulário que se segue, e no final o mesmo será oferecido aleatoriamente entre os participantes que tiverem acertado correctamente pelo menos numa delas (sendo que mais respostas certas melhorarão as vossas probabilidades de ganharem - mas atenção, pois apenas conta a primeira resposta que derem a cada pergunta.)

Loading…

Passatempo aberto a todos os participantes com morada em Portugal.

Tesla Model Y com três filas de bancos prestes a chegar

29-04-2025 | 13:00 | Aberto até de Madrugada

A Tesla pode estar prestes a lançar a variante com três filas de bancos do novo Model Y na China.

A Tesla está a ficar sem tempo para demonstrar que a queda nas vendas se deveu ao processo de transição para o novo Model Y, e para tal tem também avançado com inúmeras promoções e todo o tipo de formas para tentar cativar clientes.

Agora, surge a indicação de que estará prestes a lançar uma versão mais espaçosa do Model Y, com três filas de bancos e distância entre eixos maior, na China. Segundo fontes, a produção deverá arrancar logo após o feriado do Dia do Trabalhador, no início de Maio. Esta nova versão pode ajudar a marca americana a enfrentar a crescente concorrência dos fabricantes locais de veículos eléctricos. Apesar de só estar disponível a versão de cinco lugares, o site chinês da Tesla já indica uma possível configuração com três filas. A empresa já actualizou o Model Y no início do ano na China, mas tem vindo a perder quota de mercado. Para contrariar esta tendência, a Tesla alargou o seu financiamento sem juros de três para cinco anos, válido até 30 de Junho.
Há ainda referência a um novo modelo interno chamado "E80", que poderá estar relacionado com esta nova versão. Em paralelo, fala-se também do "E41", uma versão mais acessível do Model Y que deverá começar a ser produzida na Gigafábrica de Xangai, a maior unidade de produção da Tesla com capacidade para cerca de um milhão de veículos por ano, e que consistirá num Model Y com menos equipamento e materais mais básicos (bancos em tecido, sistema de som reduzido, etc.).

Não há ainda detalhes oficiais sobre preço, dimensões ou data de lançamento. E com base nos anteriores "lançamentos", o mais provável é que a Tesla simplesmente disponibilize este modelo no seu site a qualquer momento, sem prévio aviso.

O que se passou no "apagão" em Portugal e Espanha?

29-04-2025 | 11:00 | Aberto até de Madrugada

O dia 28 de Abril passa a ficar associado ao grande "apagão" Ibérico, deixando Portugal e Espanha sem electricidade.

Como se não bastasse já se ter passado pela situação quase irreal do período de confinamento da Covid-19, na segunda-feira dia 28 de Abril passamos por outra situação que, no mínimo, revela as fragilidades do mundo moderno que damos por garantido - mas que, como ficou demonstrado, pode desaparecer de um dia para o outro.

Ainda sem causas devidamente explicadas, registamos um apagão que deixou Portugal e Espanha sem energia eléctrica. Tradicionalmente, sabemos que uma falha de energia é algo que fica resolvido em poucos minutos ou, em casos extremos, em algumas horas, e normalmente de forma pontual afectando apenas uma pequena área. Mas desta vez, a falta de energia foi global, afectando praticamente a totalidade de Portugal e de Espanha.

Nos momentos iniciais ainda foi possível manter as comunicações móveis, mas com o passar das horas também as comunicações começaram a desaparecer - com alguns operadores a resistirem por mais tempo que outros, certamente devido às opções de backup de energia adoptadas para as torres celulares. E assim, se iniciou o "caos".

Sem comunicações móveis, depressa se começaram a notar as fragilidades da nossa sociedade dependente das comunicações imediatas: pais que não podiam contactar as escolas para saber se os filhos tinham aulas ou tinham que regressar para casa; consultas e compromissos que não se sabia se seriam mantidos, acompanhados da incerteza de se saber o que se passava. Quem ainda tiver um rádio portátil tradicional podia ir ouvindo as notícias, mas quem dependesse da rádio via internet ficava sem nada saber. De forma mais inexplicável, assistiu-se a uma corrida aos combustíveis e supermercados, com longas filas e prateleiras limpas, como se estivessem a antever um apocalipse - e da mesma forma, o civismo parece ter ficado esquecido por grande parte das pessoas (ainda bem que por cá não é comum andar-se armado, senão seria extremamente provável que tivessem havido casos complicado). Nos hospitais, foi tempo de por em prática os planos de emergência e contingência, com os geradores a mostrarem para que servem, e com a preocupações a ser a de assegurar o devido reabastecimento à medida que as horas iam passando.

Nas casas, as preocupações eram de ordem mais mundana: será que a comida nos frigoríficos e congeladores se irá aguentar? Como vou aquecer a comida (para quem estiver dependente de sistemas eléctricos)? Vou tomar banho de água fria? E felizmente que, na maioria do país, não se registou falta de água (embora algumas zonas possam ter sentido isso mais no final do dia).

Houve também muitos portugueses que ficaram intrigados por, apesar de terem painéis solares, não poderem usufruir dessa energia. Isto porque a maioria dos sistemas de painéis não está preparado para tal, interrompendo o fornecimento de energia em caso de falta da energia da rede. Há sistemas que permitem manter a casa em funcionamento, mas que têm que ser devidamente configurados para tal, ou então recorrer a um sistema com baterias, concebido para assegurar essa função.

Para quem estiver habituado a fazer campismo, as coisas acabavam por se tornar mais simples, já que se está mais habituado a ter o material necessário para "sobreviver".


Especialmente para as gerações mais novas, não deixa de ser um episódio educativo, de como aquilo que dão por garantido pode desaparecer literalmente de um dia para o outro. O apagão, embora curto (menos de um dia), também teve alguns efeitos curiosos, como o de se ver mais pessoas a passear e falar na rua (em vez de ficarem em casa ou andarem com a cara colada ao telemóvel). Talvez não fosse má ideia instituir um dia "offline" por ano, ao estilo dos simulacros para outros incidentes e catástrofes, que servisse de preparação para um cenário como este.

“Apagão” em Portugal e Espanha

29-04-2025 | 10:26 | A Minha Alegre Casinha

Portugal e Espanha estão com falta generalizada de electricidade.

A segunda feira de 28 de Abril está a ser complicada para os portugueses. No final da manhã (às 11h33) registou-se uma falha de electricidade que tem afectado a maioria do país, e também Espanha.

Até ao momento ainda não existem informações quanto à origem do problema - sendo por isso de evitar as "teorias da conspiração".

Notícia em desenvolvimento, será actualizada assim que houver nova informação.

Actualizações:

O fornecimento de electricidade começou a ser retomado ao final da tarde, de forma faseada. Continua sem haver explicação clara para o acontecimento, falando-se de uma "fenómeno raro" que terá provocado perda de energia na rede em Espanha, que se alastrou a Portugal (que no momento importava energia de Espanha devido ao custo mais baixo). Foram necessárias longas horas para se reagir à situação e se reestabelecer o fornecimento de energia a partir das fontes de produção nacionais.

CMF Phone 2 Pro chega com câmaras melhoradas, NFC e acessórios modulares

29-04-2025 | 10:00 | Aberto até de Madrugada

A Nothing apresentou o novo CMF Phone 2 Pro, que ganha NFC, câmaras melhoradas, e mantém o sistema de acessórios modulares.

A CMF, sub-marca da Nothing, apresentou o seu primeiro telemóvel Pro, e traz melhorias significativas face ao modelo anterior. O novo CMF Phone 2 Pro vem com uma câmara principal de 50 MP com melhor captação de luz, uma teleobjectiva de 50 MP com zoom óptico de 2x e uma ultra grande angular de 8 MP; com câmara frontal de 16 MP. Há gravação em 4K e estabilização de imagem assistida por inteligência artificial.

Este modelo também aposta na modularidade, permitindo usar lentes adicionais, como macro e olho de peixe, além de acessórios como capa universal e suporte tipo carteira. O ecrã de 6.77" foi melhorado, com tecnologia HDR10+, 120Hz e até 3.000 nits de brilho máximo. A resistência à água também melhora, com certificação IP54 e protecção Panda Glass.
No interior, encontramos o novo processador Dimensity 7300 Pro, que oferece um desempenho superior. A bateria de 5.000mAh permite carregamento rápido a 33 W e carregamento reverso a 5 W (mas sem carregamento wireless). O sistema operativo é o Nothing OS 3.2 baseado em Android 15, com três anos de actualizações de sistema garantidas e seis anos de patches de segurança. Inclui 8 GB de RAM e opções de 128 GB ou 256 GB de armazenamento, com possibilidade de expansão via microSD. Um dos pontos mais pedidos foi finalmente incluído: suporte para NFC.

Os preços mantém-se num nível simpático, começando nos €249 para o modelo de 8+128GB e €279 para o modelo de 8+256GB (que se torna na opção mais acertada). As entregas começam a 6 de Maio.

Headphones Sony WH-1000XM5 a €291

29-04-2025 | 09:00 | Aberto até de Madrugada

Os headphones Sony WH-1000XM5, uma das referências em termos de cancelamento de ruído, estão disponíveis a um preço reduzido.

Sucessores dos já excelentes WH-1000XM4, esta nova geração XM5 vem com 8 microfones e com um processador adicional, que promete maior eficácia na redução de ruído nas frequências médias e altas. O design foi alterado mas mantêm-se os controlos via toques e swipes, e com botão físico para activar o modo de cancelamento de ruído. No capítulo sonoro, a Sony trocou os drivers de 40 mm por novos de 30 mm, que diz serem capaz de produzir som "mais natural".
Os headphones WH-1000XM5 estão disponíveis por 291 euros na Amazon Espanha - e se preferirem poupar alguns euros, podem optar pelos Sony WH-1000XM4.

Com design over-ear e autonomia para 30 horas de funcionamento, são o tipo de headphones que depressa se tornará no melhor amigo de quem gosta de eliminar os ruídos exteriores para se concentrar naquilo que está a fazer, e que serão especialmente eficazes no caso de quem gosta de aproveitar viagens de comboio ou avião para ir adiantando trabalho, ou simplesmente desfrutar de momentos de música (ou vídeo) sem se preocupar com os barulhos exteriores.


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Motorola revela Moto Razr 60 e Razr 60 Ultra

29-04-2025 | 08:00 | Aberto até de Madrugada

A Motorola revelou a mais recente geração Moto Razr 60, mais potentes e resistentes.

Os Moto Razr são modelos icónicos associados ao formato "flip phone" e que, como tal, se adaptam perfeitamente à evolução para os smartphones com ecrã dobráveis. Para a geração Moto Razr 60 temos chipsets melhorados (SD 8 Elite), a par de baterias de maior capacidade e, não menos importante, protecção contra pó (IP48) - que se torna essencial para potenciar a longevidade destes modelos com partes móveis.

O Razr 60 Ultra vem com ecrã exterior de 4" e interior de 7" ambos com cor de 10-bits e podendo chegar aos 165 Hz (luminosidade de até 3000 nits no ecrã exterior, até 4000 nits no interior), Snapdragon 8 Elite, até 16 GB de RAM, até 1 TB UFS 4.0, câmara dupla de 50 MP wide + 50 MP ultrawide (a Motorola percebeu que era mais útil a câmara ultrawide do que a câmara zoom 2x do modelo anterior), câmara frontal de 50 MP, com suporte para vídeo 8K. A bateria cresce dos 4000 mAh para 4700 mAh (carregamento a 68W e 30W wireless), com o peso a aumentar ligeiramente das 189g para as 199g), e a espessura a passar de 7.1mm/15.3mm para 7.2mm/15.7mm. Vem com Android 15, e suporta NFC e UWB, incluindo a funcionalidade de chave digital para carros, em marcas como a BMW e Mini.
O Moto Razr 60 "normal" partilha algumas coisas com o modelo Ultra, incluindo a protecção IP48, mas vem com ecrã interior de 6.9" a 120 Hz e ecrã exterior também mais pequeno de 3.6" (mantém uma "borda" num dos lados, ao contrário do ecrã full-screen do Ultra). No interior encontramos um chipset MediaTek Dimensity 7400X, com até 16 GB de RAM, e 512 GB de armazenamento, com alguns modelos exclusivos a poder chegar a 1 TB. A bateria também aumenta, dos 4200 mAh para os 4500 mAh, com carregamento de 30 W e 15 wireless. As câmaras são de 50 MP + 13 MP ultrawide, com câmara frontal de 32 MP.


Em Portugal, o Moto Razr 60 Ultra deverá ter preço a começar nos 1299 euros, com pré-reservas a partir de 7 de Maio e chegada às lojas a 15 de Maio; o Razr 60 deverá ter preço próximo dos 700 euros.

“Apagão” em Portugal e Espanha

28-04-2025 | 11:48 | Aberto até de Madrugada

Portugal e Espanha estão com falta generalizada de electricidade.

A segunda feira de 28 de Abril está a ser complicada para os portugueses. No final da manhã (às 11h33) registou-se uma falha de electricidade que tem afectado a maioria do país, e também Espanha.

Até ao momento ainda não existem informações quanto à origem do problema - sendo por isso de evitar as "teorias da conspiração".

Notícia em desenvolvimento, será actualizada assim que houver nova informação.

Actualizações:

O fornecimento de electricidade começou a ser retomado ao final da tarde, de forma faseada. Continua sem haver explicação clara para o acontecimento, falando-se de uma "fenómeno raro" que terá provocado perda de energia na rede em Espanha, que se alastrou a Portugal (que no momento importava energia de Espanha devido ao custo mais baixo). Foram necessárias longas horas para se reagir à situação e se reestabelecer o fornecimento de energia a partir das fontes de produção nacionais.


Mais algumas considerações do que se passou durante o dia do apagão.

Volvo EX30 inicia produção na Europa

28-04-2025 | 07:00 | Aberto até de Madrugada

Os europeus passam a poder comprar o Volvo EX30 produzido na Bélgica, escapando às tarifas dos modelos produzidos na China.

A Volvo iniciou oficialmente a produção do seu popular SUV eléctrico EX30 em Ghent, na Bélgica, deixando de depender da produção na China. Esta mudança permite à marca evitar as tarifas da União Europeia sobre veículos eléctricos chineses e manter o EX30 competitivo no mercado europeu.

A fábrica de Ghent também vai começar a fabricar o EX30 Cross Country ainda este ano, criando cerca de 350 novos postos de trabalho e elevando o número total de funcionários para quase 6.600. Para preparar a produção do EX30, a Volvo investiu cerca de 200 milhões de euros em melhorias, incluindo uma nova plataforma automóvel, uma linha de montagem de baterias e a modernização de robots. Actualmente, a Volvo produz 10 modelos eléctricos e híbridos nas suas fábricas de Ghent e Torslanda, na Suécia. A unidade de Ghent, inaugurada em 1965, continua a ser a única fábrica automóvel totalmente desenvolvida na Bélgica, e a marca prepara o reforço da produção com uma terceira fábrica actualmente em construção na Eslováquia.

Além do EX30, a fábrica de Ghent produz também os modelos EX40 e EC40. Só em 2024, saíram da linha de produção mais de 186.000 veículos, reforçando a aposta da Volvo nos modelos eléctricos.

Brave lança Cookiecrumbler open-source para bloquear popups dos cookies

27-04-2025 | 20:00 | Aberto até de Madrugada

O Brave lançou nova ferramenta - Cookiecrumbler - destinado a bloquear os inconsequentes popups de cookies que se tornaram numa praga.

Os popups de consentimento de cookies são uma das maiores idiotices da era moderna, não pelo propósito com que foram criados mas sim pela forma como foram implementados e o facto de em nada impedirem que os sites continuem a fazer tracking dos visitantes (o controlo dos cookies, para ser eficiente, tem que ser feito forçosamente do lado do browser e não na "confiança" de que um qualquer site irá cumprir com o que promete). Por isso mesmo, muitas das extensões de adblockers já incluem uma secção que permite bloquear os intrusivos popups dos cookies, e o Brave avança com nova ferramenta dedicada a esse efeito.

O Brave lança uma ferramenta open-source chamada Cookiecrumbler, criada especificamente para bloquear os avisos de consentimento de cookies. Recorrendo a inteligência artificial para detectar banners, com contribuição e supervisão feitas pela comunidade, o Cookiecrumbler garante que o bloqueio não interfere com funcionalidades essenciais como processos de checkout ou layout das páginas. A ferramenta funciona ao analisar os principais sites através de proxies regionais, utilizando o Puppeteer para encontrar avisos de cookies e passando-os depois a um modelo de linguagem (LLM) para classificação. As sugestões são revistas manualmente e publicadas no GitHub para contribuição da comunidade.

Ao estilo do que é feito no Brave, O Cookiecrumbler assume desde logo a protecção da privacidade dos utilizadores: funciona apenas nos servidores da empresa, sem aceder a dados pessoais, e usa proxies em vez de sessões reais de navegação. Por essa razão, ainda não foi integrado directamente no browser, estando a aguardar uma auditoria de privacidade completa. Como é open-source e está disponível no GitHub, o Cookiecrumbler pode ser usado por outros developers, auditores de sites e utilizadores preocupados com a privacidade, tornando-se uma ferramenta útil para toda a comunidade de protecção de dados online.

Quando uma canção ainda tenta salvar o mundo

27-04-2025 | 18:59 | Gonçalo Sá

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Embora o álbum de estreia homónimo dos GARBAGE esteja prestes a celebrar 30 anos (foi editado em Agosto de 1995), a banda de Shirley Manson e companhia parece mais interessada em focar-se no presente e no futuro do que em celebrar o passado. "Let All That We Imagine Be the Light", o oitavo longa-duração do grupo, tem lançamento garantido já para Maio (dia 30) e é o sucessor de "No Gods No Masters" (2021), o disco mais conseguido dos norte-americanos desde o quarto, o distante "Bleed Like Me" (2005).

Descrito pela vocalista como um álbum "esperançoso" que se debruça "sobre o que significa estar vivo e enfrentar a destruição iminente", tem como primeiro single "THERE'S NO FUTURE IN OPTIMISM", canção que recupera preocupações sociais contemporâneas e influências pós-punk, duas traves mestras do disco anterior.

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"A letra é uma acção contra o título", esclarece Manson nas plataformas virtuais do quarteto. "Porque se permitirmos que nosso fatalismo ou a nossa negatividade se imponham, desmoronaremos", acrescenta, mencionando que acontecimentos como a morte de George Floyd em Los Angeles (na sequência de um episódio de violência policial) levaram ao contexto global "precário, caótico e assustador" que marcou a criação da nova leva de canções.

A amostra inicial é também o tema de abertura do álbum, guiada por uma tensão de guitarras e sintetizadores algures entre os veteranos Siouxsie and the Banshees (não por acaso, homenageados pelo grupo nos últimos anos) e a promessa Heartworms (um dos nomes que mantém vivo o legado da new wave entre acessos industriais), soando sempre indiscutivelmente aos GARBAGE. O videoclip, centrado na fuga de um jovem casal queer (termo familiar na música da banda desde o tal disco de estreia), sugere que as diferenças entre a realidade e a ficção distópica já foram maiores:

McMurtry Speirling pode conduzir "no tecto"

27-04-2025 | 17:30 | Aberto até de Madrugada

O radical McMurtry Speirling demonstrou a sua capacidade de gerar downforce suficiente para poder "agarrar-se" ao tecto.

O downforce é uma componente essencial para os automóveis a alta-velocidade, utilizando as forças aerodinâmicas para os pressionar contra o solo, permitindo maior tracção e controlo. No passado já vimos marcas a anunciar que os seus modelos geram forças tão elevadas que, teoricamente, permitiriam que pudessem ser conduzidos de cabeça para baixo de forma invertida. Coisa que só poderia ser posta à prova a alta-velocidade, mas que agora se torna possível até com o carro parado.

O McMurtry Speirling utiliza um sistema de ventoinhas activas para sugar o ar debaixo do veículo e se "colar ao solo", e essas ventoinhas são tão potentes que geram uma força de 2.000 kg até com o veículo parado - suficiente para o impressionante feito de poder segurar-se ao tecto, não na teoria, mas na prática!




Correr numa passadeira inclinada ou num declive?

27-04-2025 | 15:30 | Aberto até de Madrugada

Acham que é mais fácil correr num tapete rolante inclinado ou num declive com a mesma inclinação?

Steve Mould está de regresso com mais uma intrigante questão que poderia parecer de simples resolução mais que se torna bastante mais complicada - como de resto acontece em muitas questões e experiência que servem de ponto de partida para a curiosidade sobre o mundo e o universo à nossa volta.


Pelo meio até se faz referência às experiências (falhadas) dos que procuravam demonstrar que a Terra é plana... :)

Rede criminosa vendia carros usados com airbags trocados por enchimento de tecido

27-04-2025 | 13:30 | Aberto até de Madrugada

Há milhares de carros a circular na Europa que podem ter graves risco de segurança, incluindo airbags inexistentes que foram trocados por bocados de tecido.

Comprar um carro usado é sempre uma proposta que vem acompanhada de alguns riscos, onde se recomenda prestar atenção a todos os detalhes, não só do histórico "oficial" do veículo mas também a devida inspecção técnica e visual a elementos críticos. Mas há coisas que se tornam mais complicadas de detectar, como saber se um suposto airbag está realmente presente como era suposto.

Esquema de revenda de carros usados na Europa: burlões substituíram airbags por pedaços de tecido

Cerca de 16000 carros – é o número de veículos que um grupo criminoso trouxe para países europeus desde 2020, provenientes dos Estados Unidos e do Canadá. As autoridades da Lituânia e da Alemanha desmantelaram, numa operação conjunta, um esquema de revenda ilegal de carros usados em grande escala. Além de ter vendido veículos com danos graves e riscos de segurança em vários países da Europa, o grupo criminoso fugiu ao pagamento de mais de 31 milhões de euros em impostos.

Criminosos atuavam em vários países europeus

As autoridades lituanas informaram que o grupo criminoso operava em países como Alemanha, Lituânia, Letónia, Estónia, Roménia, Hungria, Ucrânia, Portugal, Países Baixos, e Bélgica. A investigação, que inicialmente se centrava na evasão fiscal, revelou que os carros importados estavam a ser reparados de forma precária, com pedaços de tecido ou roupa a substituir os airbags. Alguns destes veículos já foram identificados na Alemanha e retirados da estrada, mas ainda não se sabe quantos carros perigosos permanecem em circulação.

Danos ocultos ainda são um problema na Europa de Leste

Segundo dados da carVertical, empresa especializada em históricos de veículos, as transações transfronteiriças de carros usados – que correspondem a um em cada 20 veículos vendidos na Europa – são particularmente suscetíveis a fraudes. O Índice de Transparência de Mercado da carVertical revelou que países como Ucrânia, Letónia, Lituânia, Roménia, e Estónia têm níveis de transparência muito baixos. A elevada incidência de quilometragem falsificada, os danos ocultos e a idade avançada da frota automóvel tornam estes mercados particularmente arriscados.

Na Europa de Leste, os consumidores costumam ter menor poder de compra em comparação com os países da Europa Ocidental, o que aumenta a procura por carros usados mais baratos. Os importadores e revendedores aproveitam esta demanda, trazendo veículos mais antigos ou danificados de países mais ricos, e vendendo-os a preços mais baixos. Os dados da carVertical mostram que cerca de 7,2% dos carros importados para a Europa vêm dos Estados Unidos, muitos dos quais são veículos danificados de leilões de seguradoras, que são reparados e vendidos a preços atrativos.
As estatísticas e os casos de fraude mostram que é fundamental verificar os históricos dos veículos. Podem existir riscos de segurança graves provocados por danos ocorridos no passado.


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