Ring volta a permitir partilha de vídeos com a polícia - através da Axon
21-07-2025 | 08:00 | Aberto até de Madrugada
A Ring, empresa da Amazon conhecida pelos seus videoporteiros inteligentes com câmara, voltou a permitir que a polícia peça acesso a vídeos dos utilizadores. Esta mudança surge com uma nova parceria com a Axon, empresa já bem conhecida e integrada com as forças de segurança, fabricante do Taser e das bodycams usadas por grande parte das forças policiais nos EUA. Segundo as duas empresas, a ideia é facilitar a resolução de crimes e reforçar a segurança nos bairros.
Esta decisão reverte uma política anterior da Ring. Em 2023, a empresa tinha descontinuado a funcionalidade "Request for Assistance", que permitia à polícia pedir imagens através da app Neighbors. Na altura, a empresa afirmou que só permitiria pedidos em situações de emergência, mas isso não evitou as preocupações com a privacidade, já que os pedidos podiam ser feitos sem necessidade de mandado judicial. Com a nova parceria, a Amazon / Ring evita as críticas directas, já que os pedidos passam a ser feitos através do sistema de gestão de provas digitais da Axon. Os utilizadores continuam a poder escolher se querem ou não partilhar os vídeos. Caso aceitem, os ficheiros serão encriptados e anexados de forma segura ao processo. A Axon garante ainda que a identidade dos utilizadores que recusarem partilhar vídeos não será divulgada. Além disso, está a ser estudada uma nova integração que poderá permitir o acesso em direto às câmaras da Ring, com autorização dos utilizadores.
Tal como anteriormente, o problema não é o "princípio" do sistema - já que ninguém se irá opor a que as suas câmaras possam fornecer provas em casos de crimes - mas sim o grande risco que isto significa perante cenários de uso abusivo, tanto por parte de funcionários das empresas, como de elementos das forças da autoridade; coisas que já aconteceram no passado.